Santos e SAF: Marcelo Teixeira Afirma Que Clube Não Está à Venda Hoje – Entenda!

O futuro do Santos Futebol Clube, uma das instituições mais emblemáticas do futebol mundial, permanece no centro de intensos debates, especialmente no que tange à sua potencial transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Em um cenário de reestruturação e busca por estabilidade financeira, a posição do presidente Marcelo Teixeira é clara e enfática: o Peixe, em sua visão atual, não possui um preço de mercado definido e, portanto, não se encontra disponível para venda neste momento.

A discussão sobre a SAF, embora presente na agenda do clube, é tratada com a cautela que a dimensão do Santos exige. O processo de avaliação da marca e a prospecção de investidores foram iniciados, mas a diretriz é de valorização máxima antes de qualquer passo definitivo. A complexidade do tema reside não apenas na saúde financeira, mas também na preservação de um legado que transcende cifras.

O Valor Inestimável da Marca Santista

Marcelo Teixeira, em entrevista à Band, sublinhou a natureza democrática e a responsabilidade inerente a uma decisão de tal magnitude. O presidente fez questão de salientar que a eventual adoção do modelo de SAF não será uma imposição pessoal, mas sim uma deliberação coletiva do quadro associativo do clube. "O modelo de SAF não vai ser do Marcelo Teixeira, o quadro associativo vai decidir. Aí vai ser um caminho de progresso para um clube que sofreu muito nos últimos tempos, mas que vai voltar às glórias", afirmou o mandatário.

Para Teixeira, a conversão em SAF não se configura como a única panaceia para os desafios do Santos . Pelo contrário, uma transação apressada, realizada em um momento de fragilidade, poderia ser catastrófica. Ele traça um paralelo com o mercado de capitais, onde a venda de ativos em baixa é sinônimo de prejuízo. "Imagina vender como outros fizeram com valores irrisórios. O caminho do Santos poderia ser igual ou piorar, vendido no momento de baixa. É como a bolsa de valores, com ações baixas. Alguns envolvidos pensam que é a hora, assumir o Santos , tumultuam nas redes sociais, SAF, SAF, SAF. Concordo, mas não como queriam fazer. Que foi o que ocorreu em outros clubes, com valores que não condizem. Poderia ser no Santos na segunda divisão, sem receitas e com dívidas. Poderíamos fazer uma SAF rápida e desvalorizar."

Foto: (Reinaldo Campos/AGIF)

Estratégia de Valorização Frente aos Desafios Financeiros

A visão da atual gestão é de que o Santos precisa ser revalorizado antes de qualquer movimento em direção à SAF. A meta é garantir que a eventual transição ocorra sob "valores que resguardem o direito do clube". O presidente é categórico ao afirmar que o Santos não é um ativo qualquer, disponível em um balcão de negócios. "É incalculável quanto vale o Santos . O Santos não tem preço hoje. Para virar uma SAF, de acordo com os desejos do quadro associativo, precisam ser valores que resguardem o direito do clube. O Santos não é clube de balcão de esquina. Santos tem marca, ídolos, nome, cor, torcida. Uma série de questões a serem respeitadas. O que responder o mercado vamos levar ao quadro associativo. Não vou antecipar valores. O Santos não está à venda. Tem suas dificuldades, mas não está à venda hoje. O Santos faz um trabalho para valorizar a marca. Buscando um modelo próprio de negócio. Avaliar o perfil de investidores no mundo. Essa marca é muito forte, não tem preço."

Este posicionamento estratégico surge em um contexto de notáveis dificuldades financeiras. Em 2024, a dívida total do clube alcançou a expressiva marca de R$ 977,04 milhões. Diante deste cenário, o Santos , em maio, deu início ao processo formal para a conversão em SAF, contratando uma corretora especializada. Esta empresa será a responsável por conduzir a avaliação do valor do clube e, posteriormente, apresentá-lo a potenciais investidores no mercado global.

O Futuro do Santos: Decisão do Conselho e Busca por Progresso

Apesar dos desafios financeiros, a mensagem da diretoria é de que a marca Santos possui um valor intrínseco que supera a atual conjuntura. A busca por um modelo de negócio próprio e a análise criteriosa de perfis de investidores globais são passos cruciais para garantir que, se e quando a SAF for implementada, ela reflita o verdadeiro potencial e a grandeza do Alvinegro Praiano. A decisão final, como reiterado, caberá ao coletivo de associados, garantindo que o futuro do clube seja construído sobre bases sólidas e com a devida valorização de sua história e identidade.