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Santos 2025: Veja os erros que comprometeram o ano do Peixe
Por Redação FutSantos em 26/12/2025 08:14
A permanência do Santos na elite do futebol brasileiro em 2025 não deve servir como uma cortina de fumaça para os problemas estruturais enfrentados pelo clube. O ano foi pautado por improvisações e decisões de gestão que evidenciaram a carência de um planejamento esportivo sólido. Para que 2026 apresente um cenário distinto, é fundamental que a diretoria compreenda as falhas que quase comprometeram o futuro da instituição.
Um dos pontos mais críticos da temporada foi a excessiva centralização das esperanças da equipe em um único nome: Neymar. Embora o retorno do craque tenha trazido um impacto simbólico inegável, a equipe demonstrou uma incapacidade técnica alarmante de atuar sem o seu camisa 10. O desempenho coletivo do Peixe sofria quedas drásticas toda vez que o atacante se ausentava por questões físicas.
Com cinco gols fundamentais na reta final do campeonato, Neymar foi o pilar que sustentou a permanência na Série A. No entanto, essa "Ney-dependência" revelou a fragilidade tática do elenco, que passou a utilizar o talento individual do jogador como uma solução paliativa para esconder deficiências na montagem do grupo e na organização tática de campo.
O risco da dependência extrema de Neymar no elenco
A política de reforços do Santos em 2025 também foi alvo de duras críticas. O clube adotou uma postura agressiva no mercado, porém sem um norte técnico definido. Ao todo, cerca de 20 novos atletas chegaram à Vila Belmiro, mas a quantidade não se traduziu em qualidade ou equilíbrio para o time titular, gerando gastos que não trouxeram o retorno esperado dentro das quatro linhas.
Jogadores com currículos respeitáveis foram contratados, mas não conseguiram solucionar problemas antigos em posições carentes, como as laterais e o comando de ataque. O caso de Bilal Brahimi, que chegou no encerramento da temporada e teve participações irrelevantes, exemplifica a falta de critério nas aquisições. Abaixo, listamos alguns dos nomes que ilustram essa dificuldade de rendimento:
| Jogador | Setor | Situação na Temporada |
|---|---|---|
| Tiquinho Soares | Ataque | Baixo rendimento técnico |
| Mayke | Lateral | Não resolveu a carência da posição |
| Leo Godoy | Lateral | Dificuldade de adaptação |
| Thaciano | Meio-campo | Desempenho abaixo do esperado |
Contratações em excesso e a falta de critério técnico
Além dos problemas no elenco , a gestão esportiva cometeu um erro de avaliação grave ao entregar o comando técnico a Cléber Xavier. Em um cenário de alta pressão, a diretoria optou por um profissional que, apesar da experiência como auxiliar, jamais havia exercido a função de treinador principal. Essa aposta em um perfil sem rodagem no cargo máximo do banco de reservas custou caro ao Peixe.
O ponto mais baixo dessa trajetória foi a goleada sofrida para o Vasco, um 6 a 0 em pleno Morumbis que entrou para a história de forma negativa. Cléber Xavier encerrou seu ciclo com um aproveitamento de apenas 42,2%, deixando claro que a distinção entre ser um assistente qualificado e um técnico capaz de gerir um elenco de Série A foi ignorada pela cúpula santista.
O aprendizado para o próximo ciclo é evidente: o Santos necessita de uma estrutura que não dependa de milagres individuais ou de apostas em cargos estratégicos. Corrigir o planejamento e buscar um equilíbrio entre investimento e desempenho técnico são os únicos caminhos para que o clube volte a figurar entre os protagonistas do futebol nacional sem o temor de novos retrocessos.
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