Rony e Gabigol no Santos: Peixe define estratégia financeira

A diretoria do Santos demonstra otimismo nos bastidores para concretizar o retorno de nomes de peso ao ataque. O foco imediato recai sobre Gabigol, atualmente vinculado ao Cruzeiro. A cúpula santista projeta um acordo de empréstimo, no qual as agremiações dividiriam a responsabilidade pelo pagamento dos vencimentos mensais do atleta. A expectativa é que o desfecho ocorra em curto prazo.

A situação do centroavante em Belo Horizonte tornou-se insustentável após o erro em uma cobrança de pênalti decisiva na semifinal da Copa do Brasil. Além disso, a chegada do técnico Tite ao comando da equipe mineira reduziu o espaço do jogador, facilitando uma possível saída. Paralelamente a esse movimento, a gestão do Peixe mantém o planejamento de selar a renovação contratual de Neymar antes do início de 2026.

Essas movimentações indicam uma postura agressiva do clube no mercado, buscando atletas com rodagem e identificação. Caso as tratativas avancem como planejado, Gabigol e Rony seriam os pilares da reconstrução ofensiva para as próximas competições. O objetivo é garantir que o elenco tenha peças de reposição à altura das exigências do futebol nacional.

Reforços de peso na mira da Vila Belmiro

Para financiar parte dessa reestruturação, o Santos pretende utilizar os recursos obtidos com a transferência de Guilherme para o Houston Dynamo. A transação rendeu aos cofres do clube cerca de 2,1 milhões de dólares, o equivalente a R$ 11 milhões. Esse montante deve ser redirecionado para a aquisição definitiva de Rony, atacante de 30 anos pertencente ao Atlético-MG.

O clube mineiro, que possui contrato com o atleta até o fim de 2027, sinalizou positivamente para uma venda, desde que as garantias financeiras sejam apresentadas. O valor pretendido pelo Galo gira em torno de 2 milhões de dólares, montante muito próximo ao que o Santos acabou de arrecadar. Embora o Santos prefira inicialmente um empréstimo com divisão salarial, a compra definitiva não está descartada.

Abaixo, confira os detalhes financeiros e contratuais das operações que envolvem o setor de ataque do Santos :

Estratégia financeira e reposição de peças

A análise técnica sobre Rony é pragmática: o jogador é visto como o substituto ideal para a lacuna deixada por Guilherme . Apesar de possuir baixo potencial de revenda futura devido à idade, a comissão técnica e a diretoria acreditam que ele entrega o desempenho imediato necessário para assumir a titularidade absoluta no comando de ataque santista.

A estratégia da diretoria é clara: o elenco só receberá novos componentes para preencher vagas deixadas por jogadores negociados. O Santos entende que a manutenção da saúde financeira passa por esse equilíbrio entre saídas lucrativas e entradas cirúrgicas. A negociação com o Atlético-MG por Rony não é inédita, mas agora ganha contornos de viabilidade real devido ao dinheiro em caixa.

O cenário atual exige precisão nas escolhas. Investir R$ 11 milhões em um atleta de 30 anos é uma decisão que prioriza o resultado esportivo momentâneo em detrimento do lucro futuro. Com a pré-temporada sendo realizada de forma remota enquanto o clube aguarda definições sobre Neymar , o Santos tenta acelerar esses processos para entregar um grupo competitivo ao treinador o quanto antes.