Gabigol no Santos: Entenda a estratégia para contratar o atacante

A cúpula santista identifica um elemento facilitador que pode ser determinante para destravar a vinda de Gabigol. A recente movimentação no departamento de futebol do Cruzeiro, com a chegada de Bruno Spindel, é vista como um ponto positivo pela diretoria do Peixe. O dirigente possui um histórico de proximidade com o atleta desde o período em que trabalharam juntos no Rio de Janeiro, o que alimenta a esperança de que as conversas avancem de forma mais célere antes do início de janeiro.

A intenção de concretizar o empréstimo é mútua entre os envolvidos. O jogador, que possui vínculo com a equipe mineira até 2028, já tem ciência de que seu espaço será restrito sob a gestão técnica de Tite. Diante desse cenário, o desejo de Gabigol é retornar à Vila Belmiro, visando inclusive a possibilidade de reeditar uma parceria com Neymar na sequência da carreira.

A reapresentação do centroavante em Belo Horizonte está agendada para esta sexta-feira, dia 02. No entanto, este retorno deve servir apenas como palco para novas rodadas de diálogo com a cúpula da Raposa. O objetivo central do atleta é encontrar uma composição que viabilize sua saída, uma vez que ele não figura nos planos esportivos do Cruzeiro para o ciclo que se inicia.

A influência de Bruno Spindel nos bastidores da negociação

O Santos encara os próximos dias como um período crucial para definir sua primeira grande contratação para 2026. Embora o otimismo prevaleça nos corredores da Vila Belmiro, a operação financeira é complexa e exige cautela. O impasse atual reside na divisão das responsabilidades salariais, já que o custo mensal do jogador é elevado para os padrões atuais do clube praiano.

Atualmente, o atacante recebe vencimentos na casa dos R$ 3 milhões mensais. O limite orçamentário estabelecido pelo Peixe para esta operação é de R$ 1,5 milhão. A divergência surge na contrapartida mineira: o Cruzeiro sinalizou a intenção de arcar com uma fatia inferior à metade do salário, oferecendo aproximadamente R$ 1 milhão. Essa diferença de R$ 500 mil é o principal obstáculo a ser superado pelas diretorias.

Para facilitar a compreensão dos valores discutidos na mesa de negociação, os números apresentados até o momento são os seguintes:

Foto: (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

O impasse financeiro e a viabilidade do acordo com o Cruzeiro

Sem margem para manobras financeiras arriscadas, o Santos deposita suas fichas em um acordo de cavalheiros com a Raposa antes do prazo final de 02 de janeiro. A estratégia é convencer o clube mineiro de que o empréstimo é a melhor solução para todas as partes, aliviando a folha salarial de um jogador que não será aproveitado pela comissão técnica atual.

A negociação, que já se estende por algumas semanas, entra agora em sua fase de definições. A diretoria santista mantém a postura de não ultrapassar seus limites financeiros, buscando na diplomacia e na relação com os novos gestores do Cruzeiro o caminho para repatriar o camisa nove. O desfecho desta trama promete ser o primeiro grande marco do planejamento alvinegro para as próximas temporadas.