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Robinho Jr. e a Sombra do Legado: Decisões Cruciais no Santos
Por Redação FutSantos em 27/07/2025 09:21
No universo do futebol, a identidade de um atleta muitas vezes se entrelaça com o legado familiar. No Santos, a recente transição de "Juninho" para "Robinho Jr." no nome do jovem talento da base não foi um mero acaso, mas uma decisão estratégica com o aval explícito de seu progenitor, o ex-craque Robinho.
Inicialmente, na fase de formação nas categorias de base, o garoto foi aconselhado a adotar o apelido de "Juninho". O objetivo era claro: mitigar as inevitáveis comparações com seu pai e, simultaneamente, desviar a atenção de quaisquer comentários relacionados à situação judicial de Robinho , que se encontra detido em Tremembé após condenação por estupro na Itália. Este esforço para distanciar a imagem do jovem incluía, por exemplo, a recomendação de evitar gestos como a exibição de uma camisa com a frase "melhor pai do mundo" em suas celebrações de gol.
Contudo, a perspectiva mudou significativamente quando Robinho Jr. ascendeu aos treinamentos com a equipe principal. Foi nesse momento que amadureceu a ideia de abandonar o apelido e assumir publicamente o nome do pai. A decisão não foi unilateral; o próprio Robinho , durante uma das visitas quinzenais do filho na penitenciária, expressou seu apoio irrestrito à iniciativa.
O Legado no Peito: A Estratégia do Santos e o Número Sete
A partir dessa mudança, o Santos ajustou sua comunicação institucional. O material de imprensa passou a referir-se ao atleta como "Robinho Jr." em todas as suas divulgações oficiais. Em contrapartida, o clube mantém uma política de cautela, abstendo-se de qualquer menção direta ao ex-atacante Robinho , buscando focar exclusivamente no jovem prospecto.
Outra alteração notável envolveu a numeração da camisa. Havia uma expectativa de que Robinho Jr. utilizasse o número 23, o mesmo que seu pai vestiu em seus primeiros passos no profissional. No entanto, uma sugestão do presidente Marcelo Teixeira alterou o curso, propondo o uso da lendária camisa 7, número eternizado pelo "Rei das Pedaladas". A notícia foi recebida com grande entusiasmo pelo jovem, que estreou o número no amistoso contra a Desportiva Ferroviária.
A escolha do número 7, além de ser uma preferência pessoal de Marcelo Teixeira, alinhava-se a uma "agenda positiva" idealizada pelo presidente. A intenção era associar Robinho Jr. a um símbolo de esperança para a torcida santista, estratégia que foi prontamente acolhida pelo departamento de futebol do clube.

Amadurecimento e Personalidade: Os Desafios de uma Promessa
Atualmente, Robinho Jr. não apenas carrega o nome, mas também o número icônico de seu pai. O atacante de 17 anos, que se destaca pela habilidade com o pé esquerdo, teve uma sequência inicial de três partidas, mas permaneceu no banco no empate com o Sport. Com apenas 51 kg, o atleta apresenta uma maturação física tardia, o que indica que sua utilização será gradual e estratégica.
Além de sua inegável qualidade técnica, Robinho Jr. demonstra uma personalidade marcante. Sua capacidade de driblar no nível profissional, tal qual fazia nas categorias de base, sugere que ele não se intimida com a pressão de atuar ao lado do elenco principal. Contudo, essa "volúpia" e espontaneidade já lhe renderam um pequeno alerta.
Em uma transmissão ao vivo na plataforma Twitch com amigos, Robinho Jr. fez declarações que geraram repercussão, como a afirmação de ter uma "obrigação familiar" de vencer o Corinthians para dar continuidade ao legado paterno. O Menino da Vila foi prontamente orientado a moderar esse tipo de exposição pública.
A Influência Perene e o Recado da Prisão
Mesmo da cadeia, Robinho mantém uma participação ativa na carreira do filho. Um exemplo disso foi a necessidade de o Santos enviar um membro de seu departamento jurídico até Tremembé para obter a aprovação formal para a renovação do contrato do jovem. O ex-jogador manifestou grande satisfação com o promissor início de carreira do filho e enviou um recado direto:
Eu também comecei com essa idade. Deixem ele jogar.
Essa declaração reforça a constante presença da figura paterna e o peso de um sobrenome que, para o bem ou para o mal, sempre acompanhará a trajetória de Robinho Jr. no futebol.
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