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Pedro Caixinha Responde à Pressão e Vaias no Santos: Uma Análise Detalhada
Por Redação FutSantos em 07/04/2025 00:02
A Reação de Pedro Caixinha às Críticas e Vaias
Após o empate em 2 a 2 entre Santos e Bahia, no estádio da Vila Belmiro, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Pedro Caixinha fez questão de se manifestar em entrevista coletiva. A insatisfação da torcida se manifestou através de vaias direcionadas ao treinador, motivadas pelas substituições realizadas no intervalo da partida. As trocas de Barreal e Rollheiser, que eram considerados destaques da primeira etapa, por Soteldo e Thaciano, respectivamente, geraram forte reação. Curiosamente, a dupla que entrou em campo foi responsável pela criação da jogada que resultou em gol logo nos primeiros minutos do segundo tempo.
Em sua declaração, Caixinha enfatizou que não possui perfis em redes sociais e que lida de forma profissional com a pressão inerente ao cargo. As manifestações da torcida, que incluíram xingamentos e gritos de "ei, Caixinha, vai tomar ** **", não o intimidaram. O treinador português assegurou que as críticas não o farão tomar decisões contrárias às suas convicções.
O treinador demonstrou confiança no trabalho que vem sendo desenvolvido, apesar das dificuldades enfrentadas neste início de temporada. Ele ressaltou a importância do apoio da torcida, mas também a sua independência para tomar decisões que julga serem as melhores para o time.

O Apoio da Diretoria e a Busca por Realinhamento
Na semana anterior ao jogo, a diretoria do Santos procurou Caixinha para uma conversa com o objetivo de realinhar as expectativas e discutir o andamento do trabalho até o momento. A atuação na estreia contra o Vasco foi considerada abaixo do esperado, o que intensificou a pressão sobre o treinador e a equipe.
Durante a coletiva, Caixinha foi questionado sobre o respaldo da diretoria. Em resposta, ele questionou se a forma, o comportamento, a intensidade e a luta demonstrados pelos jogadores em campo não seriam suficientes para demonstrar a confiança da direção no trabalho realizado. Ele destacou a reação da equipe após sofrer um gol, demonstrando a vontade de buscar o resultado até o final da partida.
Análise Tática e Justificativas de Caixinha
Caixinha explicou suas decisões táticas, detalhando os motivos que o levaram a substituir Barreal e Rollheiser no intervalo. Segundo o treinador, Barreal não teve o mesmo desempenho do jogo anterior, apresentando dificuldades na ligação e agressividade. Além disso, ele sentiu falta de maior presença de área, considerando a forte defesa do Bahia pelo centro e seus ataques pelas laterais. As mudanças visavam, portanto, fortalecer o setor ofensivo e buscar alternativas para superar a marcação adversária.
O técnico também comentou sobre o desempenho de Guilherme, defendendo o jogador das críticas. Ele lembrou que Guilherme foi o artilheiro do Campeonato Paulista e que é preciso ter paciência e dar oportunidades para que ele recupere seu melhor nível. Caixinha ressaltou a importância de proteger seus jogadores das críticas externas, para que eles possam render o máximo dentro de campo.
A Presença de Neymar e o Espírito de Liderança
Um fato curioso mencionado por Caixinha foi a presença de Neymar nos bastidores do clube. Segundo o treinador, o craque, que é considerado o "capitão" da equipe, fez questão de conversar com o grupo e estará presente no início da semana para acompanhar a preparação para o próximo jogo. A atitude de Neymar demonstra seu comprometimento com o Santos e seu desejo de apoiar a equipe neste momento.
Caixinha também analisou o comportamento tático da equipe, buscando explicar as dificuldades enfrentadas durante a partida. Ele destacou a dinâmica do ataque do Bahia, que cria um quadrado no meio-campo e utiliza os laterais para construir jogadas. O treinador reconheceu que o adversário conseguiu dominar o meio-campo em alguns momentos, mas que o Santos conseguiu evitar as transições ofensivas do Bahia, neutralizando suas principais armas.
Defesa dos Jogadores e Foco no Futuro
O treinador fez questão de defender seus jogadores, afirmando que sempre estará presente para protegê-los das críticas e cobranças excessivas. Ele acredita que a equipe está no caminho certo e que, apesar do empate, a forma como o time se comportou em campo é um sinal de que o Santos será forte no Campeonato Brasileiro.
Caixinha finalizou a coletiva reforçando sua confiança no grupo e sua determinação em trabalhar para que o Santos possa alcançar seus objetivos na temporada. Ele ressaltou a importância de manter a concentração e a intensidade em todos os momentos do jogo, evitando os erros que custaram pontos importantes nas últimas partidas. Para ele, o apoio da torcida é fundamental, mas a sua prioridade é tomar decisões que beneficiem o time, independentemente das pressões externas.
"A torcida é sempre soberana. Para apoiar, para entender o momento que o clube está a fazer daqui para frente. E é soberana para vaiar. Prefiro que vaiem a mim do que meus jogadores. Não tenho nenhum problema com essa pressão. Não me vai levar a tomar decisões que não acredito, do primeiro ao último dia"
— Pedro Caixinha, técnico do Santos.
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