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Neymar Pai Santos: Análise Crítica de Colunistas sobre Contrato e Gestão
Por Redação FutSantos em 29/05/2025 01:51
Observadores atentos do cenário futebolístico nacional têm manifestado profunda apreensão diante das recentes manifestações do pai de Neymar, que versam sobre a potencial extensão do vínculo contratual do astro com o Santos. A leitura predominante, compartilhada por vozes influentes como Alicia Klein, Danilo Lavieri e Juca Kfouri, é de que tais pronunciamentos revelam uma tentativa de posicionar a figura do jogador e de seu entorno acima da própria instituição alvinegra.
A Dignidade do Clube em Debate
Entre as análises mais incisivas, sobressai a perspectiva de Alicia Klein. A comentarista traça um paralelo com movimentos observados em processos de desvalorização de patrimônios públicos, uma tática, segundo ela, "conhecida e utilizada no mundo inteiro". Para Klein, o mais chocante nas declarações não reside na "arrogância e o descolamento da realidade da Neymar S/A.", que ela considera já esperados. O ponto nevrálgico, em sua visão, é a "falta de capacidade do Santos de se posicionar com dignidade". A inação do clube diante de tais assertivas é o que verdadeiramente inquieta a colunista.
Corroborando essa linha de pensamento, Juca Kfouri expressa sua falta de surpresa com a postura do pai do atleta. Em sua avaliação, "Não me surpreende que Papai Neymar chegue à cidade de Santos e continue se achando dono do mundo." O colunista argumenta que a ausência de contrapontos efetivos ao longo de sua trajetória, "nem mesmo o sheik da Arábia", o teria levado a uma percepção de impunidade. Consequentemente, a atitude seria a de "nos tratar como trouxas, dizer que não entendemos nada de nada e que ele é o sabichão", especialmente se a métrica for puramente financeira, onde, de fato, a influência do pai do jogador se mostrou proeminente.

Arrogância e o Custo-Benefício em Análise
Na mesma linha de repúdio, Danilo Lavieri foi ainda mais direto. Para o jornalista, as declarações seriam motivo suficiente para uma manifestação imediata da torcida, com o intuito de exigir o afastamento de pai e filho do ambiente santista. Lavieri enfatiza que "Isso que ele falou era para ter gente no CT do Santos amanhã pedindo para Neymar Pai e Neymar irem embora. eles tratam o Neymar no Santos como se fosse um grande favor, esquecendo que ele ganha R$ 21 milhões por mês, que ele está em um projeto que talvez não se pague, porque o Neymar não conseguiu jogar - só o Paulista, e olhe lá". A crítica é pontual: a percepção de um favor prestado ao Santos é desvirtuada pela realidade do alto custo financeiro e da limitada contribuição em campo do jogador.
As Declarações e a Reação do Meio Esportivo
As declarações que provocaram tal indignação partiram do próprio pai do craque, que alegou que o retorno do atleta ao clube praiano teria sido motivado por um gesto de "solidariedade". Adicionalmente, ele levantou dúvidas quanto à real capacidade do Santos de sustentar financeiramente o jogador, cujo atual contrato com a agremiação alvinegra tem seu término previsto para o final do mês de junho. Essa postura, de se apresentar como benfeitor enquanto questiona a solidez institucional, foi o estopim para as reações incisivas dos comentaristas.
O episódio não apenas reacende debates sobre a gestão de figuras proeminentes no futebol, mas também coloca em xeque a autonomia e a voz dos próprios clubes diante de influências externas. A dignidade de uma instituição centenária como o Santos parece, aos olhos de muitos, estar sendo testada por uma retórica que beira a desconsideração. É um lembrete contundente de que a relação entre atletas, seus representantes e os clubes deve pautar-se pelo respeito mútuo e pelo reconhecimento do valor intrínseco de cada parte, e não por uma lógica de superioridade financeira que desconsidera o legado e a paixão de milhões de torcedores.
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