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Neymar no Santos: Trunfo ou Peso na Luta contra o Z4? Colunistas Debatem
Por Redação FutSantos em 10/11/2025 10:46
A recente controvérsia envolvendo Neymar, após sua substituição na derrota por 3 a 2 contra o Flamengo, reacendeu um debate crucial nos bastidores do Santos. Apesar do apoio público de jogadores, comissão técnica e diretoria, a reação de desaprovação do atacante ao deixar o campo foi inegável. É notável que o atleta nem estava em campo quando o Alvinegro Praiano iniciou uma reação tardia, marcando dois gols nos minutos finais da partida.
Com o Santos em uma posição delicada, ocupando o 17º lugar com 33 pontos e imerso na batalha para evitar o rebaixamento, a questão que se impõe é: a presença do craque, neste momento decisivo, representa um auxílio ou um entrave para a equipe comandada por Vojvoda na luta pela permanência na Série A? Diversos comentaristas e colunistas renomados compartilham suas perspectivas sobre este complexo cenário.
O Comportamento de Neymar: Um Fator Desestabilizador?
Para Fabíola Andrade, a influência de Neymar pode ser mais prejudicial do que benéfica neste período crítico. A colunista enfatiza que a questão transcende o mero desempenho técnico, atingindo diretamente o relacionamento com o elenco e com o próprio treinador. Segundo ela, "o ambiente é ruim. Ele deixa ruim." As constantes reclamações direcionadas aos companheiros, o gesto de chutar um copo d'água e a exposição do técnico Vojvoda contribuem para um clima de tensão. "Neymar precisa mudar sua postura urgentemente porque a pressão só vai aumentar", alerta Andrade.
Danilo Lavieri corrobora essa visão, argumentando que, se o comportamento e a condição física forem os observados recentemente, o jogador se torna um empecilho. Ele aponta para um condicionamento físico abaixo do ideal, uma deficiência na recomposição defensiva e, o que é mais preocupante, a inibição de colegas e membros da comissão técnica por suas "reclamações acintosas".
Milly Lacombe adota uma postura ainda mais contundente. Ela questiona fundamentalmente como um atleta em desequilíbrio emocional poderia ser útil a qualquer equipe, sentenciando: "Nem Messi seria capaz." Além da "constrangedora histeria", a colunista destaca a inferioridade física do atacante em relação aos demais. "Não ganha dividida, não ganha na corrida, não finaliza e ainda exige, aos berros, a bola. Um teatro. Ou seja: só atrapalha", descreve, pintando um quadro de improdutividade e prejuízo.
Em uma síntese mordaz, Juca Kfouri oferece sua perspectiva concisa:
"Jogar com dez, e não estou me referindo ao número da camisa, não ajuda quem queira evitar o rebaixamento".
A Complexidade da Contribuição de Neymar: Números e Reflexões
Por outro lado, PVC apresenta uma análise mais matizada. Embora reconheça que Neymar "não está bem" e que suas "broncas no grupo mostram que não ajuda", ele pondera que o Santos necessita de todos os seus recursos. Portanto, sob essa ótica, o jogador ainda "ajuda". O desafio, segundo ele, reside na capacidade do treinador em gerir essa complexa figura. Um dado, de acordo com PVC, é revelador da sua importância: dos parcos 33 pontos conquistados pelo Santos na competição, 19 foram obtidos com a sua presença em campo, enquanto apenas 14 foram somados em partidas sem ele.
Rafael Reis encerra o debate com uma reflexão sobre a trajetória do craque.
"A que ponto Neymar chegou?", indaga o colunista, ao constatar que a discussão central gira em torno de sua utilidade para um time brasileiro ameaçado de queda. Ele conclui com uma pergunta retórica:
"Era esse que era para ter sido o sucessor de Messi e Cristiano Ronaldo como grande nome do futebol mundial?"
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