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Atuação do Santos: Brazão se Destaca, mas Derrota no Clássico Preocupa

Por Redação FutSantos em 06/11/2025 23:34

O cenário de um clássico sempre traz expectativas elevadas, mas para o Santos, o confronto recente contra o Palmeiras culminou em uma derrota por 2 a 0, evidenciando as dificuldades coletivas da equipe. Contudo, em meio ao resultado adverso, a performance individual de um atleta se destacou como um raro ponto positivo: o goleiro Gabriel Brazão, cuja atuação notável foi um bálsamo em uma noite de poucas alegrias para o torcedor santista.

Apesar do esforço e da entrega de Brazão, o Peixe não conseguiu reverter o placar, e a análise das demais atuações revela um time que, em grande parte, não conseguiu corresponder à altura da importância do duelo. A seguir, destrinchamos o desempenho de cada jogador e do comando técnico.

O Goleiro que Brilhou na Adversidade: A Atuação de Gabriel Brazão

Gabriel Brazão , que levantou preocupações ao sentir dores nas costas durante o aquecimento, surpreendeu ao entrar em campo medicado e entregar uma performance de altíssimo nível. Sua aposta valeu cada risco, com o arqueiro do Santos realizando ao menos quatro intervenções cruciais ainda no primeiro tempo. No início da etapa complementar, Brazão operou um verdadeiro milagre, demonstrando reflexos e posicionamento impecáveis. Sua impecável exibição o isentou de qualquer responsabilidade nos gols sofridos, consolidando-o como o grande nome do Peixe na partida.

Desempenho Individual: Notas Detalhadas do Elenco Santista

A seguir, apresentamos um quadro com as notas atribuídas aos jogadores e ao técnico, refletindo o desempenho de cada um no clássico:

Posição Jogador Nota GE Nota Público
GOLGabriel Brazão8.08.0
LATMayke4.04.0
ATAGuilherme5.05.0
ZAGAlexis Duarte4.54.5
ZAGZé Ivaldo5.05.0
LATSouza5.55.5
MEIWillian Arão6.06.0
MEIZé Rafael5.55.5
MEIJoão Schmidt----
MEIVictor Hugo5.05.0
MEIBarreal5.55.5
MEIRollheiser5.55.5
ATALautaro Díaz3.53.5
MEIThaciano5.05.0
ATARobinho Jr.5.05.0
ATACaballero5.05.0
TECJuan Vojvoda5.05.0

A Linha Defensiva: Entre a Insegurança e os Lances Decisivos

A defesa santista teve uma noite de altos e baixos, especialmente nos primeiros minutos, quando sofreu com a intensidade do ataque adversário. Mayke, em seu retorno à titularidade, enfrentou grandes dificuldades no lado esquerdo da defesa, sendo constantemente superado pelas investidas dos oponentes. Não foi uma atuação defensivamente satisfatória para o lateral.

No miolo da zaga, Alexis Duarte iniciou o confronto com visível insegurança, especialmente diante da pressão inicial. Embora tenha encontrado certa tranquilidade com o decorrer da partida, travou embates difíceis com o centroavante adversário, culminando na perda de uma disputa crucial que resultou no segundo gol. Zé Ivaldo, que voltava a jogar após quase dois meses, também teve um começo irregular, mas se redimiu parcialmente ao salvar um gol iminente em cima da linha no primeiro tempo. Contudo, na etapa final, falhou ao chegar atrasado e perder uma disputa aérea, lance que originou o segundo tento rival. Souza, de volta após suspensão, teve um papel defensivo árduo, mas conseguiu se projetar mais ao ataque do que seu companheiro de ala, Mayke.

O Meio-Campo: Sustentação, Desgaste e Falta de Criatividade

No setor de meio-campo, Willian Arão foi peça-chave na sustentação defensiva, atuando em uma linha de cinco e contribuindo na saída de bola, sendo quase impecável nas jogadas aéreas. Sua boa atuação, entretanto, foi maculada por um passe equivocado que abriu caminho para o segundo gol do Palmeiras. Zé Rafael, em seu reencontro com o ex-clube e ostentando a braçadeira de capitão pela primeira vez, demonstrou grande empenho e precisão nos passes, mas o desgaste físico e a movimentação adversária o sobrecarregaram.

Victor Hugo, com mais liberdade para atuar, poderia ter participado mais da construção ofensiva. Teve um chute perigoso no primeiro tempo e quase marcou um golaço de bicicleta, salvo em cima da linha, mas defensivamente deixou espaços. Barreal, um escape pela esquerda, não conseguiu replicar o brilho de outros clássicos, como o contra o Corinthians, e se viu isolado no ataque. Thaciano, que entrou na segunda etapa, colaborou em um gol anulado e, diante da fraca noite de Lautaro Díaz, parece merecer mais oportunidades. Rollheiser e João Schmidt entraram nos minutos finais e tiveram pouco tempo para impactar o jogo, com Schmidt sequer recebendo nota.

O Ataque Ineficaz: Dificuldades na Criação e Finalização

O setor ofensivo do Santos enfrentou uma noite de pouca inspiração e efetividade. Lautaro Díaz, apesar de ter espaços, mostrou-se tecnicamente abaixo do esperado, com domínios de bola imprecisos que impediram a progressão de ataques promissores. Um lance em que um domínio errado interrompeu uma jogada de dois contra um foi emblemático de sua performance. Robinho Jr., em sua primeira partida como titular, atuou isolado e teve poucas ações com a bola, embora tenha realizado um trabalho defensivo importante para conter o lateral adversário. Caballero, que o substituiu, manteve a característica de velocidade, mas teve uma atuação discreta. Guilherme, que entrou na reta final com o placar já adverso, teve poucas chances de mudar o panorama da partida.

A Estratégia do Técnico: Vojvoda e o Desafio Pós-Clássico

O técnico Juan Vojvoda apresentou algumas inovações na escalação, e sua estratégia inicial conseguiu segurar o 0 a 0 até a metade do segundo tempo. No entanto, a falha defensiva que culminou no segundo gol abriu a equipe, e a derrota se consolidou. Agora, a missão do treinador se torna ainda mais complexa, com a equipe sob a pressão de estar na zona de rebaixamento. O clássico expôs a necessidade de ajustes urgentes e um plano de reação robusto para os próximos desafios do Campeonato Brasileiro.

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