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Vojvoda Após Derrota do Santos: "Perdemos Chance Importante" e Torcida Protesta
Por Redação FutSantos em 21/10/2025 00:42
A noite de segunda-feira na Vila Belmiro se encerrou com um clima de profunda frustração. O Santos foi superado pelo Vitória por 1 a 0, em um confronto direto pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, um resultado que reacendeu a insatisfação da torcida alvinegra, culminando em protestos após o apito final. O técnico Juan Pablo Vojvoda, visivelmente abatido, não hesitou em lamentar o revés, reconhecendo a perda de uma valiosa chance de ascensão na tabela.
A decepção do comandante argentino é compreensível, especialmente por ocorrer após uma vitória no clássico contra o Corinthians, que parecia indicar um novo fôlego para a equipe. "A decepção é por deixar passar uma boa oportunidade, por deixar de subir na tabela, lutamos pelos mesmos objetivos. Não conseguir pontos jogando em casa é a principal decepção. O simples é: eu não vi o time apático, que não correu, que não criou. Semana passada, criamos muitas chances de gol. Hoje, tivemos a bola, mas não tivemos as mesmas chances. Time controlou o jogo pela circulação, com rival diferente. Acho que o time jogou bola, mas é futebol, adversário encontrou o gol num erro nosso", declarou Vojvoda, sintetizando o sentimento de perda de pontos em seu próprio reduto.
Análise Tática e o Impacto da Derrota na Vila
Apesar de negar a apatia da equipe, o técnico admitiu a ineficácia ofensiva. O Santos , embora tenha mantido a posse de bola, não conseguiu converter essa vantagem em oportunidades claras de gol, uma falha que se mostrou fatal diante de um adversário que soube capitalizar um erro defensivo. A derrota não só impede o time de respirar na luta contra o rebaixamento, mas também intensifica a pressão sobre o elenco e a comissão técnica, que precisam encontrar soluções urgentes para reverter o cenário.
O lance que definiu a partida, um pênalti concedido após revisão do VAR, gerou discussões acaloradas. O goleiro Brazão se chocou com Renzo López, e a jogada foi alvo de comentários até mesmo de Neymar em suas redes sociais. Vojvoda, ao analisar o episódio, reconheceu a imprudência do arqueiro, mas não deixou de questionar a interpretação da arbitragem em comparação com outros lances recentes no campeonato.
"Falamos sobre no vestiário, há uma imprudência, é verdade, mas são lances que neste Brasileirão não estão sendo marcados. Faz pouco tempo, que o pênalti que não marcaram do Gustavo Scarpa no Neymar . Tivemos ações em São Paulo x Palmeiras, não estavam marcado. Hoje, mudou essa interpretação. Há imprudência, eu reconheço, não acontece nada em reconhecer isso. Eu sou sincero com o que sinto", afirmou o treinador, expondo sua visão sobre a inconsistência nas decisões do VAR.
Vojvoda Defende Elenco e Aborda Protestos da Torcida
As vaias da torcida, direcionadas principalmente ao atacante Guilherme e, ao final da partida, à própria equipe, foram outro ponto abordado pelo técnico. Vojvoda buscou defender seus comandados, enfatizando o empenho e a dedicação demonstrados em campo, apesar do resultado adverso. Ele relembrou a natureza passional do torcedor e a inevitabilidade de erros no futebol.
"O torcedor se manifesta porque é passional. Eu fui torcedor, também, não sei se tem raciocínio, eu confio no Guilherme , torcedor vai seguir apoiando. Hoje, errou o gol porque estava em campo. Jogadores podem acertar ou errar. Eu não vi uma atitude diferente do time. Vi um time que correu, se entregou. É futebol. Vi os jogadores compromissados. Perdemos uma chance importante de subir, assumo responsabilidade. Mas não posso dizer que não estava motivado", argumentou o técnico, assumindo a responsabilidade pelo resultado, mas ressaltando o comprometimento do grupo.
Apesar da situação delicada, o treinador mantém uma perspectiva de que os problemas são passíveis de solução. A principal questão identificada é a falta de efetividade nas finalizações, mesmo com a capacidade de criar jogadas. "É um problema, mas é um problema que tem solução. Que precisa seguir acontecendo: seguir criando finalizações e corrigir nossa efetividade. Melhorar a outra parte do problema", pontuou Vojvoda.
Desafios Futuros e Escolhas Táticas sob o Holofote
O calendário não dá trégua ao Santos . O próximo compromisso será contra o Botafogo, no Rio de Janeiro, pela 30ª rodada. Um novo tropeço pode significar o retorno à temida zona de rebaixamento, aumentando ainda mais a pressão sobre o clube. A preparação para este confronto será crucial.
"Vamos preparar o jogo contra o Botafogo. Confiar e acreditar. Reforçar o bom que fizemos e corrigir o ruim. A partir daí, vamos encontrar o caminho para a resposta que todos precisamos", projetou Vojvoda, buscando um caminho para a recuperação.
O técnico também foi questionado sobre suas escolhas táticas, como a substituição de Escobar por Souza e o desempenho de Barreal e Rollheiser. Ele defendeu suas decisões, explicando que são ponderações feitas em momentos de jogo e que a oscilação de rendimento é inerente ao futebol.
"Quando o time perde, sempre vão pedir o que não joga, Souza jogou 45 minutos. Não vejo uma questão aí, porque Escobar não estava mal. São decisões que tenho que tomar", justificou sobre a primeira questão. Em relação aos meio-campistas, complementou: "São dois jogadores com características de meio para frente, dão jogo ao time, já se viu isso. Hoje, não sustentamos o nível da partida passada, mas tampouco foi algo muito baixo dos dois. Tratamos de achar outras variantes no segundo tempo, com Juninho, Bontempo, Victor Hugo. Jogadores são pessoas que jogam futebol e muitas vezes o rendimento oscila. Foi um jogo diferente. Não conseguimos o resultado que procuramos."
Profissionalismo e a Pressão no Futebol
Por fim, Vojvoda abordou a questão da pressão inerente à reta final de um campeonato tão disputado. Ele ressaltou que lidar com essa intensidade faz parte da profissão e que a motivação principal deve vir de dentro do campo, com o apoio da torcida sendo um complemento valioso, mas não o único fator determinante.
"Sabendo que somos jogadores profissionais, estão nessa profissão para viver essa pressão. Para isso somos pagos. Compreendemos a raiva do torcedor. Não acredito que não jogamos bem por não ter motivação externa. Precisamos fazer dentro do campo e, a partir daí, levar para fora. Torcida ajuda, mas é futebol", concluiu o técnico, enfatizando a necessidade de autossuficiência e resiliência em momentos desafiadores.
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