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Vitória x Santos: Análise Detalhada, Estatísticas e Palpites Cruciais no Brasileirão
Por Redação FutSantos em 23/05/2025 20:04
O Campeonato Brasileiro nos presenteia com um embate de alto risco, onde a permanência na elite do futebol nacional está em jogo. Vitória e Santos, duas agremiações com histórias de glória, encontram-se agora em uma posição delicada, pairando sobre a zona de descenso. A partida entre estas equipes não é apenas mais um jogo; é um confronto direto que pode redefinir suas trajetórias na competição, com o Santos , na penúltima colocação com apenas cinco pontos, e o Vitória, um pouco mais aliviado na 16ª posição com nove pontos, buscando consolidar sua distância do abismo.
A situação do time santista é particularmente complexa. Mesmo uma vitória neste duelo direto não seria suficiente para ultrapassar o adversário baiano na tabela, evidenciando o tamanho do desafio que o clube da Vila Belmiro enfrenta para reverter seu panorama. Este cenário intensifica a pressão sobre ambas as equipes, transformando cada jogada em um lance de suma importância para seus destinos.
O Peso da História Recente e a Ameaça Aérea
Ao revisitar os confrontos anteriores entre estas potências da Série A, nota-se uma tendência preocupante para o Vitória quando atua como mandante frente ao Santos . Os últimos quatro encontros com mando de campo rubro-negro foram vencidos pelo time paulista. Contudo, em uma perspectiva mais ampla desde 2006, o histórico é mais equilibrado, com o Vitória registrando quatro triunfos nos primeiros quatro embates ocorridos em seus domínios, o último em 2013. Essa alternância de domínios históricos adiciona uma camada de imprevisibilidade ao embate atual.
No que tange à estratégia em campo, o Santos demonstra um potencial notável para surpreender seus oponentes através de jogadas aéreas. Excluindo-se um gol de pênalti, quatro dos seis tentos assinalados pela equipe resultaram de bolas levantadas na área adversária. Essa característica tática se alinha, de maneira preocupante, com uma fragilidade do Vitória, que sofreu oito dos seus treze gols de maneira semelhante, evidenciando uma vulnerabilidade no jogo pelo alto que pode ser explorada.
Por outro lado, o Vitória não é um mero espectador nas disputas aéreas; ele próprio se destaca como um exímio utilizador desse recurso ofensivo. Sete dos seus dez gols foram originados de jogadas pelo alto, sendo quatro de cruzamentos e três de faltas levantadas. O Santos , por sua vez, já foi vazado duas vezes por cruzamentos, o que aponta para um ponto sensível em sua defesa. No entanto, dos onze gols que a equipe sofreu neste Brasileirão, apenas três tiveram origem em jogadas aéreas, sugerindo que, apesar de ter sido batido por um cruzamento na derrota contra o Corinthians na rodada anterior, o sistema defensivo santista tem conseguido, em geral, controlar bem seu espaço aéreo.

Análise Defensiva e Ofensiva: Dados Cruciais
A performance defensiva de ambas as equipes tem se mostrado aquém das expectativas, especialmente quando analisada através das métricas de Gols Esperados (xG). Esta estatística avançada avalia a qualidade das finalizações sofridas, considerando fatores como ângulo, distância do gol e a presença de defensores. O Santos , por exemplo, viu seus adversários finalizarem 101 vezes, com um potencial estatístico de nove gols (9,22 xG), mas a equipe acabou sofrendo onze, indicando uma resistência defensiva inferior à esperada.
O Vitória, por sua vez, foi submetido a um volume ainda maior de finalizações, totalizando 125, com um potencial de 12 gols (11,54 xG). Contudo, a equipe sofreu 13 gols. Esses dados ressaltam a porosidade de ambos os sistemas defensivos, que falham em converter a qualidade das chances sofridas em um número menor de gols.
Resistência Defensiva (Gols Sofridos vs. xG)
Equipe | Finalizações Sofridas | xG Sofrido (Potencial) | Gols Sofridos (Real) | Resistência Defensiva (Gols/Conclusão) |
---|---|---|---|---|
Santos | 101 | 9.22 | 11 | 1 gol a cada 9.2 conclusões (14ª) |
Vitória | 125 | 11.54 | 13 | 1 gol a cada 9.6 conclusões (12ª) |
No aspecto ofensivo, o Vitória demonstra um desempenho ligeiramente superior em número de gols marcados. Ambas as equipes registraram um número de finalizações bastante similar, mas a eficiência na conversão é o fator crucial.
Eficiência Ofensiva (Gols Marcados vs. Finalizações)
Equipe | Gols Marcados | Finalizações | Eficiência Ofensiva (Tentativas/Gol) |
---|---|---|---|
Vitória | 10 | 107 | 10.7 (10ª) |
Santos | 7 | 110 | 15.7 (3ª pior) |
Possessão de Bola e Intensidade de Combate
A posse de bola é outro ponto de contraste tático marcante. O Santos figura entre os cinco times que mais controlam a bola no Brasileirão, com uma média de 52% de posse. Em contrapartida, o Vitória está entre as cinco equipes com menor posse de bola. Assim, não seria surpresa se o Santos dominasse a posse, exercendo maior pressão ofensiva. Curiosamente, apesar de reter a bola por mais tempo, o Santos também é a equipe com mais desarmes (20,9 por jogo) e a 14ª em faltas cometidas (14,3), resultando no maior número de ações de combate por jogo (35,2) quando somados esses fundamentos.
O Vitória apresenta um perfil oposto: é uma das equipes que menos fica com a bola e, paradoxalmente, a que menos desarma (10,3 por jogo). Embora seja o time que mais comete faltas (15,8), paradoxalmente, é apenas a quarta equipe com menos ações de combate (26,1 por jogo), o que sugere uma menor intensidade na recuperação da bola ou uma preferência por uma marcação mais zonal.
Desempenho por Mando de Campo: O Fator Casa e a Fragilidade Forasteira
O desempenho em seus respectivos domínios revela uma disparidade crucial. O Vitória, quando joga em casa, ostenta o 13º melhor aproveitamento, com duas vitórias, um empate e uma derrota, totalizando 58% dos pontos disputados. Contudo, um ponto de atenção é que a equipe sofreu gols em todas as quatro partidas realizadas em seus domínios, indicando que o fator casa não tem sido sinônimo de solidez defensiva impenetrável.
Para o Santos , a situação em partidas fora de casa é dramática: a equipe perdeu todos os cinco jogos disputados como visitante, configurando o pior desempenho forasteiro do campeonato. Essa estatística sublinha uma dificuldade crônica em atuar longe de seus torcedores, tornando a tarefa de enfrentar o Vitória em seus domínios ainda mais desafiadora, e acendendo um sinal de alerta para suas ambições de recuperação no torneio.
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