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Santos x Mirassol: Análise da Derrota, Notas dos Jogadores e Erros de Cleber Xavier

Por Redação FutSantos em 19/07/2025 20:46

A recente partida do Santos contra o Mirassol, válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, expôs fragilidades notáveis na equipe praiana, culminando em uma derrota que acendeu o sinal de alerta. O desempenho geral do time esteve aquém das expectativas, com atuações individuais que variaram entre a discrição e a passividade, e decisões táticas que, ao invés de corrigir, agravaram o cenário em campo.

O resultado final refletiu um time sem a coesão necessária, onde a falta de profundidade ofensiva se somou a erros defensivos cruciais. A partida evidenciou a necessidade urgente de ajustes para reverter o quadro e buscar uma trajetória mais consistente na competição.

As Escolhas Táticas e Suas Consequências

Cleber Xavier, o comandante técnico do Peixe, enfrentou uma noite desfavorável em Mirassol. A estratégia inicial, que posicionou Neymar como um ?falso 9? e Rollheiser no meio-campo, resultou em uma equipe com pouca capacidade de penetração no ataque. Essa configuração inicial impediu a criação de jogadas incisivas e a aproximação entre os jogadores-chave, deixando o setor ofensivo isolado.

Somente no início do segundo tempo, quando houve uma maior aproximação entre Neymar e Rollheiser, o time demonstrou um breve período de melhora e mais volume de jogo. Contudo, essa reação foi efêmera. As substituições realizadas por Xavier, como as entradas de Escobar e Thaciano, não apenas não surtiram o efeito desejado, como contribuíram para a deterioração do desempenho coletivo.

A equipe perdeu ainda mais consistência, e a derrota se configurou como um desfecho justo para uma atuação que careceu de organização e intensidade. As escolhas do banco de reservas se mostraram ineficazes, aprofundando os problemas já existentes em campo.

Atuações Individuais: De Destaques a Decepções

Enquanto o coletivo patinava, algumas performances individuais merecem destaque, tanto pelo lado positivo quanto pelo negativo. No gol, Gabriel Brazão teve uma noite de altos e baixos, com defesas espetaculares que evitaram um placar ainda mais elástico. Suas intervenções, como a de Lucas Ramón, foram cruciais e dignas de menção. No entanto, sua capacidade não foi suficiente para deter os gols adversários, onde pouco pôde fazer diante da fragilidade defensiva.

A linha defensiva, por outro lado, apresentou falhas preocupantes. Zé Ivaldo teve problemas desde o primeiro tempo, concedendo espaço para chances claras do Mirassol. Seu desvio no escanteio que resultou no gol de Da Costa e sua passividade em outros lances cruciais evidenciaram uma atuação abaixo do esperado. Luan Peres, embora tenha tido um bom desempenho em duelos individuais na primeira etapa, também foi cúmplice na observação de cruzamentos que levaram aos gols.

Igor Vinícius, inicialmente com liberdade, foi importante ao conter um ataque adversário após erro de Zé Ivaldo e participou de uma jogada ofensiva com Neymar . No entanto, sua passividade no segundo e terceiro gols do Mirassol foi notória. Escobar, que entrou no lugar de Souza, teve participação direta e negativa em dois gols do Mirassol, com erros de corte e posicionamento que abriram caminho para o adversário. Souza , por sua vez, demonstrou volume pelo lado esquerdo, mas sua saída coincidiu com a queda de rendimento defensivo.

O Meio-Campo Desorganizado e o Ataque Sem Volume

O setor de meio-campo do Santos demonstrou uma clara falta de sintonia e proteção à zaga. Diego Pituca, que ganhou uma oportunidade como titular, não a aproveitou. Sua atuação foi marcada por excessivo espaço na entrada da área e erros na saída de bola, culminando em sua substituição no intervalo. Rincón, que recebeu um cartão amarelo logo nos primeiros segundos em campo, viu sua atuação condicionada pelo risco de expulsão, limitando suas ações e sendo ineficaz no terceiro gol adversário.

Zé Rafael também teve uma atuação insatisfatória na proteção defensiva e na distribuição de jogo, forçando Neymar a recuar excessivamente para buscar a bola. Rollheiser, retornando após suspensão, mostrou-se abaixo do ritmo, impreciso e precipitado em suas ações. Barreal teve uma noite discreta, com pouco volume ofensivo, impactando negativamente as combinações com Neymar e Rollheiser.

No ataque, Deivid Washington e Robinho Jr. tiveram pouca participação ofensiva, refletindo a piora geral da equipe no segundo tempo. Guilherme também teve uma atuação discreta, com poucas contribuições significativas. Neymar , apesar de um ritmo mais lento que o habitual, ainda conseguiu distribuir bons passes e criar algumas combinações. Sua melhora ocorreu quando se aproximou de Rollheiser, mas, no geral, sua noite foi considerada discreta na média.

A seguir, uma tabela com as notas atribuídas aos jogadores e ao técnico:

Posição Nome Nota GE Nota Público Observação
GOL Gabriel Brazão 6.5 6.5 Três grandes defesas, mas não impediu os gols.
LAT Igor Vinícius 4.5 4.5 Liberdade inicial, mas passivo nos gols.
ZAG Zé Ivaldo 3.5 3.5 Problemas na marcação e erros cruciais.
ZAG Luan Peres 4.5 4.5 Bom no 1º tempo, mas passivo em cruzamento de gol.
LAT Souza 5.5 5.5 Bom cruzamento e volume pelo lado esquerdo.
LAT Escobar 4.0 4.0 Participação negativa em dois gols do Mirassol.
MEI Diego Pituca 4.0 4.0 Muito espaço e erros de passe; substituído no intervalo.
MEI Rincón 4.5 4.5 Amarelo cedo condicionou atuação; pouco atrapalhou no 3º gol.
MEI Zé Rafael 4.5 4.5 Atuação ruim na proteção da zaga e distribuição.
ATA Deivid Washington 4.5 4.5 Pouca colaboração ofensiva.
MEI Rollheiser 4.5 4.5 Abaixo do ritmo, impreciso e precipitado.
MEI Barreal 4.0 4.0 Noite discretíssima, pouco volume ofensivo.
ATA Robinho Jr. 4.5 4.5 Mal no combate antes do 3º gol; pouco tocou na bola.
MEI Neymar 5.0 5.0 Ritmo abaixo, mas com bons passes; discreto na média.
ATA Guilherme 4.5 4.5 Atuação discreta, sem destaque.
MEI Thaciano 4.0 4.0 Amarelo cedo condicionou atuação; limitou o próprio jogo.
TEC Cleber Xavier 4.0 4.0 Noite infeliz; escolhas táticas e substituições pioraram o time.

A análise da partida contra o Mirassol revela um Santos que precisa urgentemente de reajustes. As escolhas táticas iniciais e as modificações durante o jogo não surtiram o efeito desejado, e a performance individual de grande parte do elenco deixou a desejar. A derrota foi um reflexo fiel de um time que, naquele momento, não conseguiu impor seu jogo e superar as adversidades.

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