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Santos x Juventude: Neymar Brilha, Brazão Salva e a Análise Completa das Atuações

Por Redação FutSantos em 04/08/2025 22:22

A recente partida do Santos contra o Juventude revelou uma equipe que, apesar de conquistar os três pontos, dependeu fortemente de atuações individuais para garantir o resultado. A performance coletiva oscilou, expondo fragilidades táticas e a necessidade de ajustes significativos. Neste panorama, alguns atletas se sobressaíram, enquanto outros ficaram aquém do esperado, evidenciando um cenário de desafios e dependências pontuais.

O resultado favorável no Morumbis mascarou certas deficiências, especialmente nas transições defensivas e na solidez do meio-campo. A capacidade de reação e o brilho de peças-chave foram determinantes para superar um adversário que soube explorar os espaços concedidos. Uma análise minuciosa das notas e do desempenho de cada jogador oferece uma perspectiva mais clara sobre o que funcionou e o que precisa ser aprimorado no time santista.

Gabriel Brazão: O Pilar Inesperado da Vitória do Santos

O grande protagonista da vitória, sem dúvida, foi Gabriel Brazão. Sua atuação foi decisiva desde os primeiros minutos, com uma defesa que pode ser descrita como um "milagre" logo no início do confronto. Ao longo do primeiro tempo, Brazão realizou mais duas intervenções de grande calibre, mantendo o Santos à frente no placar. Nos 45 minutos finais, sua presença continuou a ser fundamental, com defesas cruciais que asseguraram o resultado. Mesmo quando falhou, a sorte esteve ao seu lado, com o lance sendo anulado por impedimento, solidificando sua posição como o principal responsável pelo triunfo.

No setor defensivo, a estabilidade foi um artigo de luxo para a equipe. Igor Vinícius enfrentou consideráveis dificuldades defensivas, especialmente nas transições e na recomposição, área intensamente explorada pelo Juventude. Ofensivamente, ele até criou perigo e perdeu uma excelente oportunidade vinda de um passe de Barreal. A entrada de Mayke, posteriormente, trouxe um equilíbrio maior ao seu lado do campo. Gil, por sua vez, teve um retorno complicado ao time titular. Sua lentidão nas ações e os espaços concedidos a Gilberto foram notórios, chegando a se atrapalhar sozinho e quase gerando um contra-ataque perigoso na segunda etapa.

Luan Peres também sofreu nos embates individuais, sendo superado por Gilberto em um lance que só não resultou em gol graças à sequência de defesas de Brazão. Sua exposição em alguns momentos foi evidente, embora tenha apresentado uma melhora no segundo tempo. Souza, em contraste, emergiu como o melhor do sistema defensivo, demonstrando capacidade de fechar espaços e limitar o volume ofensivo do Juventude em sua área de atuação. Um desarme providencial na primeira etapa, próximo à área, e a manutenção da regularidade no segundo tempo, quase culminando em um belo gol, atestam sua boa performance.

Neymar e a Maestria Ofensiva do Peixe

Neymar assumiu o protagonismo ofensivo desde o apito inicial. Sua capacidade de articulação foi evidente, como no lance em que deixou Barreal em ótima condição para acertar o travessão. Oportunista, abriu o placar e foi o catalisador da jogada que resultou no segundo gol. A vitória foi selada com sua cobrança certeira de pênalti, consolidando sua liderança em campo e a mensagem de "quem manda" na partida. Barreal, por sua vez, se destacou ao lado de Neymar . No início, criou uma excelente oportunidade para Igor Vinícius. Seu chute gerou o rebote aproveitado por Neymar e ele demonstrou oportunismo ao marcar o segundo gol, aproveitando a ausência de Guilherme.

Rollheiser, apesar de um começo impreciso, gradualmente encontrou seu ritmo e buscou participar ativamente da construção ofensiva, auxiliando Neymar . Sua contribuição foi direta na jogada do segundo gol santista, embora tenha sido substituído no intervalo por Mayke. Tiquinho Soares realizou um bom trabalho de pivô, especialmente na primeira etapa, e contribuiu na pressão à saída de bola do Juventude. No entanto, sua participação na criação de finalizações e no volume de jogo foi limitada. Luca Meirelles, que sofreu o pênalti que garantiu a vitória santista, teve uma boa participação no segundo tempo, culminando em sua convocação para a seleção sub-20.

Meio-Campo do Santos: Dinâmica e Desafios

O meio-campo santista enfrentou desafios significativos. João Schmidt exibiu muitas dificuldades na proteção da área, atuando por vezes de forma exposta. Com a posse de bola, sua contribuição para a dinâmica do setor foi mínima, especialmente considerando sua reconhecida qualidade. As hesitações na marcação geraram confusão, resultando em uma noite abaixo do esperado. Zé Rafael perdeu uma bola perigosa logo no primeiro lance, quase permitindo o empate do Juventude. Contudo, após o terceiro gol, conseguiu exercer maior controle sobre o ritmo do setor.

Gabriel Bontempo trouxe dinamismo e acelerou o jogo no meio-campo, auxiliando Neymar a atuar em uma posição mais confortável nos contra-ataques. Quase deu uma bela assistência para Barreal, mas ainda precisa evoluir na recomposição e na transição defensiva, pois concedeu espaços importantes. Mayke, que entrou para atuar em uma linha mais ofensiva, ajudou a equilibrar o setor defensivamente no início da segunda etapa, terminando a partida como lateral. Sua estreia foi discreta, sem comprometer.

As Escolhas Táticas de Cleber Xavier sob a Lupa

A avaliação do desempenho de Cleber Xavier, o técnico, aponta para decisões iniciais questionáveis. A escalação do time com Gil e João Schmidt resultou em um Santos vulnerável nas transições defensivas, com o Juventude explorando contra-ataques a cada perda de posse de bola. A aposta inicial em uma dupla de laterais (Igor Vinícius e Mayke) foi rapidamente revista, indicando uma falta de convicção na estratégia. O Santos , em última análise, dependeu da brilhante atuação de Brazão e da capacidade decisiva de Neymar para assegurar os três pontos, levantando questionamentos sobre a consistência tática da equipe.

Abaixo, a tabela com as notas dos jogadores e do técnico, conforme avaliação do GE e do público:

Posição Jogador Nota GE Nota Público Observação Principal
GOL Gabriel Brazão 8.5 8.5 Protagonista, fez "milagres" e defesas fundamentais.
LAT Igor Vinícius 5.0 5.0 Problemas defensivos, mas levou perigo no ataque.
ATA Caballero 5.5 5.5 Deu velocidade, mas perdeu chance clara.
ZAG Gil 4.0 4.0 Deu espaços e lento nas ações defensivas.
ZAG Luan Peres 5.0 5.0 Atropelado em lance crucial, mas cresceu depois.
LAT Souza 6.0 6.0 Melhor defensivamente, fez desarme providencial.
MEI João Schmidt 4.5 4.5 Dificuldades na proteção e pouca dinâmica.
MEI Zé Rafael 5.0 5.0 Perdeu bola perigosa, mas controlou ritmo depois.
MEI Gabriel Bontempo 5.5 5.5 Deu dinâmica, mas precisa evoluir na recomposição.
MEI Barreal 7.5 7.5 Destaque, criou e marcou o segundo gol.
MEI Rollheiser 6.5 6.5 Começou impreciso, mas se encontrou e participou do gol.
LAT Mayke 5.5 5.5 Entrou para equilibrar o setor defensivo.
ATA Tiquinho Soares 5.5 5.5 Bom trabalho de pivô, mas faltou participar mais.
ATA Luca Meirelles 6.0 6.0 Sofreu o pênalti decisivo, boa participação.
MEI Neymar 8.0 8.0 Articulador, abriu o placar e selou a vitória de pênalti.
TEC Cleber Xavier 5.0 5.0 Escalação inicial gerou sofrimento defensivo, dependência de individuais.

A vitória, embora celebrada, serve como um alerta para a comissão técnica e o elenco. A dependência de atuações heroicas e o surgimento de lacunas táticas demandam uma reflexão profunda e ajustes urgentes para o prosseguimento da temporada. O Santos precisa de mais do que lampejos individuais para consolidar sua posição e buscar objetivos maiores no Campeonato Brasileiro.

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