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Santos x CRB: Notas e Análise das Atuações - Copa do Brasil
Por Redação FutSantos em 01/05/2025 20:32
Após o confronto válido pela Copa do Brasil contra o CRB, a performance individual dos atletas do Santos entra em escrutínio. O resultado final, aquém do esperado, impõe uma análise detalhada de quem esteve à altura do desafio e quem decepcionou em campo.
Erros Capitais na Defesa
No setor defensivo, alguns nomes tiveram atuações que impactaram negativamente o desempenho coletivo. O zagueiro Gil, em particular, viveu uma noite para ser rapidamente esquecida. Sua participação foi marcada por equívocos primários, incluindo uma evidente desconexão no momento crucial da saída de bola que resultou diretamente no tento adversário. Adicionalmente, sua performance culminou com a infração que gerou a penalidade máxima para o oponente.
Outro defensor que comprometeu o time foi Escobar. Embora estivesse cumprindo sua função com relativa segurança na maior parte do tempo, um ato de imprudência ao deter um contragolpe com falta clara e desnecessária culminou em sua expulsão, deixando a equipe em desvantagem numérica em um momento importante do confronto.
Fluidez Ofensiva e Inconsistências Individuais
O meio-campo, peça vital na transição e criação, apresentou desafios. Diego Pituca, por exemplo, não conseguiu estabelecer a parceria dinâmica esperada com o principal articulador da equipe, demonstrando dificuldades em se posicionar e participar ativamente das ações ofensivas, aquém do seu potencial conhecido.
João Schmidt, apesar de oferecer certa solidez na contenção, evidenciou lentidão em transições rápidas, limitando sua capacidade de impactar o jogo de forma mais ampla e dinâmica. A expectativa sobre sua contribuição ainda não foi plenamente atendida na temporada.
No setor de frente, Tiquinho Soares enfrentou um cenário de isolamento, sendo constantemente neutralizado pelos defensores adversários, o que dificultou sua movimentação e finalização. Sua contribuição ficou abaixo do que a equipe necessitava, apesar de buscar auxiliar na pressão.
Gabriel Veron exibiu a oscilação que tem marcado suas atuações. Embora demonstre lampejos de qualidade, como passes precisos, alterna momentos com erros básicos e falta de presença efetiva no ataque, aparentando por vezes estar mal posicionado em campo.
Contribuições Pontuais e Alternativas do Banco
Nem todos os jogadores apresentaram problemas. O zagueiro Zé Ivaldo, por exemplo, além de manter uma performance defensiva sem grandes sobressaltos ao lado de Gil , demonstrou ser uma presença ofensiva interessante em jogadas aéreas.
Na lateral direita, Aderlan, que geralmente transmite uma sensação de segurança, teve um deslize na saída que custou caro, mas no geral, é uma opção confiável. Sua substituição por Leo Godoy, que entrou bem, protagonizando lances de garra e se mostrando participativo no ataque, indicou que há alternativas viáveis no elenco para a posição.
No meio, Rincón ingressou buscando dar maior poder de construção e, embora tenha se deslocado para o lado, participou de ações positivas. Guilherme, apesar de enfrentar a pressão da torcida, manteve a compostura e foi crucial ao fornecer o cruzamento que resultou no único gol da equipe antes de ser substituído no intervalo.
As entradas de Mateus Xavier e Deivid Washington trouxeram um novo fôlego e opções táticas, mostrando potencial para disputar posição. Mateus, em particular, demonstrou boa leitura de jogo e posicionamento. Já Deivid, adaptado à função de ponta, exibiu vigor físico e iniciativa no um contra um, surgindo como alternativa. Luca Meirelles teve pouco tempo em campo para causar impacto significativo.
Destaques Individuais: O Articulador e o Guardião
Em meio a um desempenho coletivo irregular, alguns atletas conseguiram se sobressair. Rollheiser reafirmou sua importância vital para a dinâmica ofensiva do time. Praticamente todas as investidas perigosas passavam por seus pés, demonstrando visão de jogo e capacidade de articulação do meio para frente. Sua participação ativa foi coroada com o gol, fruto de um posicionamento inteligente e um bom aproveitamento da oportunidade.
Na meta, Gabriel Brazão teve uma atuação que evitou um prejuízo ainda maior. Suas intervenções foram decisivas, especialmente na segunda etapa, e a defesa da cobrança de pênalti foi um momento crucial que impediu o adversário de ampliar a vantagem. Foi um pilar de segurança em um dia complicado para a defesa.
O Comando Técnico em Estreia
Apesar do revés, a estreia do comando técnico, representado por Cleber Xavier, trouxe indicativos de busca por soluções. As alterações promovidas, como as entradas de Mateus Xavier e Deivid Washington , pareceram bem pensadas e buscaram dar novas perspectivas ao ataque. É um início de trabalho, e o treinador ainda está em fase de adaptação e conhecimento profundo do material humano à disposição.
A análise individual das atuações serve como termômetro para a comissão técnica e os próprios atletas, apontando áreas que demandam ajuste urgente para os próximos compromissos da equipe.
Elenco do Santos em campo durante a partida contra o CRB. ? Foto: Marcello Zambrana/AGIF
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