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Santos: Teixeira Revela Bastidores de Rescisão Furch e Dívida Caixinha na FIFA
Por Redação FutSantos em 21/07/2025 16:43
As recentes declarações do presidente do Santos, Marcelo Teixeira, lançam luz sobre os desafios financeiros e as intrincadas negociações que marcam a atual gestão do clube. Em meio a um cenário de reestruturação, o dirigente abordou temas sensíveis como a rescisão contratual do atacante Julio Furch e a pendência judicial com o ex-treinador Pedro Caixinha na FIFA, revelando os bastidores das decisões que visam sanear as finanças alvinegras.
A Estratégia por Trás da Saída de Furch
A saída do atacante Julio Furch do elenco santista foi fruto de um acordo estratégico, conforme detalhou Marcelo Teixeira. A diretoria do Peixe buscou uma solução que evitasse a escalada dos custos, prevenindo que o caso se transformasse em uma nova disputa judicial na esfera da FIFA, o que resultaria em multas e correções monetárias ainda mais elevadas. A decisão reflete uma postura de contenção de despesas e de responsabilidade fiscal.
Teixeira enfatizou a necessidade de confrontar os passivos existentes, em vez de postergá-los para futuras administrações. "A gestão já sabe a despesa, o conhecimento do passivo. Já existe. Poderíamos empurrar um pouquinho, deixar o Furch ir para a Justiça e quem pagar ser o próximo. Está certo fazer isso com o Santos ? Não está. Poderia dizer que não foi contratado por nós e empurrar pra frente. Mas a finalidade da gestão é estancar, acabar e diminuir o passivo", declarou o presidente. O acordo com Furch, embora envolvendo "números muito altos" devido à sua contratação, foi visto como um desfecho necessário para um caso complexo, evitando a judicialização internacional.
O Impasse Milionário com Pedro Caixinha
O Santos enfrenta uma cobrança significativa na FIFA movida pelo técnico Pedro Caixinha, que reivindica cerca de 2 milhões de euros, equivalentes a aproximadamente 13 milhões de reais, referentes à sua multa rescisória. O presidente Marcelo Teixeira atribui a iniciativa do português a um sentimento de ressentimento pela sua demissão, alegando que o treinador não teria compreendido as razões de seu desligamento.
Em entrevista à Santa Cecília TV, no programa "Domingo Esportivo", o mandatário santista revelou ter tentado uma negociação amigável antes que a situação escalasse para a instância máxima do futebol. "O Pedro Caixinha não entendeu e não admitiu a sua saída. Foi uma questão dele estar magoado com o clube. A proposta que o Santos fez a ele foi até o fim da minha gestão, que é dezembro de 2026. Falei pessoalmente com ele ao telefone. Ele disse que os advogados entrariam em contato e vamos solucionar. E eu disse que não estava pedindo nada menos do que seria o direito. Só estava pedindo para parcelar até o fim da minha gestão", afirmou Teixeira.
Detalhes da Divergência e o Papel de Pedro Martins
A recusa de Caixinha em aceitar o parcelamento proposto pelo Santos foi o ponto crucial para o impasse. Segundo Teixeira, o então CEO do clube, Pedro Martins, confirmou a persistência do treinador em permanecer no Peixe, o que inviabilizou um acordo extrajudicial.
"Perguntei ao Pedro Martins, que ainda estava na gestão, porque não conseguíamos o acordo com o Pedro Caixinha. Ele disse que não conseguíamos porque o Caixinha gostaria de estar no Santos e não entende por que saiu. O Santos vai ter a sua defesa para que, daquilo que é de direito do Caixinha, o Santos naturalmente tenha que pagar", relatou o presidente. Enquanto a diretoria buscava um plano de pagamentos escalonados, o estafe do português exigia a quitação integral e imediata, respaldado por uma cláusula contratual que estipulava o pagamento da multa em até dez dias após a rescisão. O Santos , por sua vez, argumentou a inviabilidade de arcar com o montante de uma só vez, cenário que levou o caso à esfera judicial internacional.
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