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Santos na Zona: Alexandre Mattos Revela Plano de Fuga e Faz Alerta
Por Redação FutSantos em 10/11/2025 08:43
A derrota por 3 a 2 para o Flamengo, no icônico Maracanã, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, intensificou a pressão sobre o Santos. O revés empurrou o Alvinegro Praiano diretamente para a zona de rebaixamento, com o time acumulando 33 pontos em 32 partidas. A situação se agrava com a perspectiva de um confronto atrasado contra o Palmeiras, adicionando mais um obstáculo à já complexa jornada pela permanência na elite.
Em meio a este cenário de apreensão, Alexandre Mattos, o CEO de futebol do clube da Baixada Santista, utilizou o momento pós-jogo no Maracanã para um franco desabafo. O dirigente abordou a fase delicada que o Santos atravessa, ressaltando os esforços internos desde sua chegada em junho, em um processo que ele descreve como uma "reconstrução" do clube, visando sua estabilidade na Série A em 2025.
Mattos, que está há apenas dois meses à frente da gestão de futebol santista, fez questão de contextualizar a origem dos problemas.
"Eu tenho dois meses de Santos. A crise do Santos já tem uns dois ou três. Então não tem crise nova aqui dentro. A crise de dois anos atrás de ter baixado, de jogar Série B ano passado. Esse ano está se remontando. É natural em qualquer clube do mundo. Saí do Cruzeiro há dois meses atrás e que passou a mesma situação, ficou três anos na Série B e foi se remontando. Tem um processo. Se em dois meses nós formos resolver todos os problemas do Santos...aí não é profissional, aí é mágico. E mágico ninguém é. Tem coisas que a gente tem que fazer", declarou o executivo, afastando a ideia de soluções imediatas para desafios tão enraizados.
A Profundidade dos Desafios Alvinegros
Para o CEO do departamento de futebol, a chave para superar a ameaça de um novo descenso reside na força do mando de campo na Vila Belmiro, o "alçapão" que o estádio Urbano Caldeira representa.
"A gente não tem que esconder a nossa dificuldade, está clara. Está claro que a gente precisa sair dessa situação. O que eu sei é que nós vamos sair. Nós temos jogos em casa com o nosso torcedor. Estamos com a dificuldade de jogar em casa e não por causa da torcida, muito pelo contrário. A torcida do Santos tem ajudado e muito, tentando ajudar de todas as maneiras possíveis e isso é uma arma que a gente tem. Esses próximos dois jogos são importantíssimos para a gente conseguir os pontos necessários para a gente sair dessa situação", explicou Mattos.
Ainda sobre o apoio vindo das arquibancadas, o dirigente elogiou a postura da torcida, transferindo a responsabilidade pela performance irregular para dentro de campo.
"Joguei contra o Santos da Vila Belmiro e sei o tanto que é difícil jogar lá, e a gente não pode perder isso. A culpa disso é nossa: jogadores, diretoria. Não tem nada a ver com a torcida, pelo contrário. A torcida está fazendo a parte dela. Inclusive, no jogo contra o Botafogo, foi impressionante. Nós tomamos um gol com 30 segundos, e se nós empatamos aquele jogo, foi muito pela torcida do Santos que estava cantando muito mais do que a torcida do Botafogo, que estava maior no estádio. Hoje estava 3 a 0 e a torcida do Santos cantando, cantando, cantando. O que a gente tem de convicção é que nós vamos sair disso e passa muito pelo nosso estádio, pelo nosso torcedor", enfatizou, reconhecendo a dedicação dos adeptos mesmo em momentos adversos.
A Vila Belmiro como Escudo na Batalha
Ao avaliar seus primeiros dois meses de trabalho, Mattos destacou as complexidades de assumir uma função crucial no meio de uma temporada.
"Sobre a avaliação de dois meses de trabalho, que é isso que você está me perguntando, uma chegada no meio de uma temporada, onde a nossa janela do meio do ano é a pior, que o jogador bom já jogou e não tem como se transferir. Temos um grupo que a gente confia, acredita. Obviamente que alguns podem dar mais, jogar mais. Vieram para o Santos por jogarem mais. A gente está tentando ainda resgatar isso", ponderou, aludindo às limitações do mercado de transferências e à necessidade de extrair mais do elenco atual.
Contrariando o que classificou como "discurso padrão", o CEO evitou um pedido formal de desculpas pela campanha insatisfatória neste momento. Ele projetou que tal gesto será feito em um futuro, mas com uma ressalva importante:
"Mas mais do que isso, não adianta ficar aqui também com aquele discurso padrão, pedir desculpa a torcida pela campanha ruim que nós estamos fazendo. Isso aí ficou para trás. Lá na frente nós vamos fazer esse pedido novamente. Nós vamos escapar e mesmo assim é muito pouco para o Santos". Uma constatação amarga que ressalta a magnitude das expectativas para o clube, mesmo que a permanência na Série A seja garantida.
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