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Santos na Justiça: Caixinha Cobra R$ 15 Milhões por Multa Rescisória
Por Redação FutSantos em 05/05/2025 22:42
O treinador português Pedro Caixinha iniciou um processo judicial contra o Santos Futebol Clube perante a entidade máxima do futebol, a FIFA. Esta ação, movida pelo profissional, busca o pagamento de um montante superior a R$ 15 milhões por parte da diretoria santista. O cerne da disputa reside no descumprimento, por parte do clube Alvinegro Praiano, das obrigações financeiras acordadas para a rescisão contratual.
Embora o técnico inicialmente almejasse uma solução consensual para a questão, as tratativas com a cúpula do Santos se mostraram infrutíferas e geraram descontentamento, culminando na sua decisão de recorrer à esfera judicial. Sua dispensa ocorreu aproximadamente três semanas antes da formalização desta ação.
A Ação Judicial na FIFA
As condições originais do contrato previam que o valor integral da multa rescisória deveria ser liquidado à vista em um curto período de dez dias. Entretanto, a administração do Santos apresentou, em um primeiro momento, uma proposta de pagamento parcelado ao longo de três anos. Este prazo extrapolaria o término da atual gestão presidencial de Marcelo Teixeira, previsto para o encerramento do ano de 2026.
Após reavaliar a situação, o clube modificou sua oferta, sugerindo o parcelamento do débito até dezembro do próximo ano. Ambas as propostas, contudo, foram recusadas por Pedro Caixinha. Diante da ausência de um consenso e da persistência do impasse, a FIFA foi oficialmente acionada pelo representante do técnico.

Detalhes do Impasse Contratual
Dois acontecimentos em particular elevaram o nível de insatisfação de Caixinha: a rescisão unilateral de seu vínculo empregatício pelo clube e declarações proferidas pelo presidente Marcelo Teixeira em entrevista concedida ao portal UOL. Até a ocorrência desses fatos, o profissional ainda considerava a possibilidade de chegar a um acordo amigável com a instituição.
O Santos procedeu com a formalização da rescisão do contrato de Pedro Caixinha junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sem obter o consentimento do treinador. Esta medida, segundo informações, foi adotada com o objetivo de viabilizar a regularização e o registro de Cleber Xavier, o novo membro da comissão técnica. Caixinha, agora, demanda explicações da própria confederação a respeito deste procedimento.
Os Pontos de Atrito com o Clube
Recentemente, o presidente Marcelo Teixeira declarou publicamente que Caixinha havia enviado uma mensagem "cordial" sobre a possibilidade de um acordo. Tal afirmação é categoricamente contestada pelo treinador. Ele manifestou grande desconforto com a declaração do dirigente e, em consequência direta, instruiu que o processo judicial fosse formalmente iniciado. A informação sobre este desenvolvimento foi inicialmente reportada pelo veículo "Trivela".
A negociação que definiu o valor da multa rescisória, fixado em pouco mais de R$ 15 milhões, foi conduzida pelo CEO Pedro Martins. O acerto original ocorreu no final do ano de 2024. Curiosamente, foi o mesmo Pedro Martins quem, posteriormente, envidou esforços para evitar a atual disputa judicial movida por Caixinha.
Origem do Valor e Histórico do Santos
Naquele período específico, Pedro Caixinha estava em tratativas com o Atlético-MG. O montante considerado elevado da multa serviu, portanto, como um dos fatores para persuadir o treinador a aceitar a proposta apresentada pelo Santos . As conversas e o fechamento do acordo com o clube da Vila Belmiro foram relativamente rápidos.
Outra justificativa para o vultoso valor estabelecido na multa reside no histórico amplamente conhecido de frequentes trocas no comando técnico do clube. No desfecho desta situação específica, o Santos manteve sua prática recorrente de dispensar treinadores em curto espaço de tempo e, como resultado inevitável, viu-se na obrigação de arcar com a penalidade financeira previamente acordada. Este episódio sublinha a instabilidade crônica que afeta o planejamento em diversas agremiações do futebol nacional, onde acordos de maior duração raramente são cumpridos integralmente, gerando passivos onerosos.
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