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Santos Empata em Jogo de Quatro Gols: O Que Preocupa para a Reta Final do Brasileirão?
Por Redação FutSantos em 26/10/2025 18:24
O vibrante embate entre Botafogo e Santos, que culminou em um empate de 2 a 2 no Nilton Santos , pode ter sido um espetáculo para o espectador neutro. No entanto, a perspectiva para os torcedores de ambas as equipes é, sem dúvida, mais complexa. Embora a partida tenha oferecido reviravoltas, quatro gols e inúmeras chances criadas, ela também expôs desequilíbrios táticos e defensivos que demandam atenção urgente, especialmente com o campeonato se aproximando de suas rodadas decisivas.
Apesar do placar igualado, o Botafogo demonstrou maior capacidade ofensiva, evidenciada pela atuação destacada de Gabriel Brazão, goleiro santista, que se tornou um dos principais nomes do confronto. Enquanto Léo Linck, o arqueiro adversário, não foi testado com a mesma intensidade e não teve uma performance tão memorável. O volume de finalizações e as oportunidades claras criadas pelo Glorioso foram superiores. Contudo, o Peixe não se rendeu; mostrou grande agressividade ao buscar o empate por duas vezes, reagindo prontamente após sofrer um gol relâmpago.
Estratégias Iniciais e a Explosão Alvinegra
As escolhas táticas dos treinadores Davide Ancelotti e Juan Pablo Vojvoda foram pontos de interesse desde o apito inicial. Ancelotti pôde contar com o retorno de Danilo, ausente por mais de um mês, que formou a dupla de zaga com Barboza, dada a ausência de Marçal e David Ricardo. Gabriel iniciou no banco, enquanto Alex Telles, Savarino e Arthur Cabral também retornaram à lista de relacionados, começando como reservas. O quarteto ofensivo do Botafogo foi composto por Santi Rodriguez, Joaquin Correa e Jeffinho, com Chris Ramos.
Vojvoda, por sua vez, surpreendeu ao optar por uma linha de três zagueiros, formação inédita em sua gestão. Alexis Duarte foi o escolhido para integrar o setor ao lado de Adonis Frias e Luan Peres. A ausência de Zé Rafael abriu espaço para Victor Hugo, e Guilherme foi preterido em favor de Souza, que assumiu a vaga de Escobar, relegado ao banco.
| Botafogo (Início) | Santos (Início) |
|---|---|
| Danilo | Alexis Duarte |
| Newton | Adonis Frias |
| Barboza | Luan Peres |
| Santi Rodriguez | Victor Hugo |
| Joaquin Correa | Souza |
| Jeffinho | Barreal |
| Chris Ramos | Rollheiser |
| (Outros jogadores não detalhados na formação inicial) | Igor Vinícius |
A influência de Danilo no Botafogo, e o potencial impacto de sua continuidade como titular, manifestaram-se de forma quase instantânea. Em meros 25 segundos, o Botafogo já celebrava o primeiro gol. Após um rebate de Newton em uma ligação direta do Santos , Danilo exibiu sua classe ao driblar Barreal com um lençol preciso, antes de acionar Jeffinho. Com o espaço aberto pela jogada do volante, Jeffinho avançou pela esquerda e serviu Joaquin Correa em profundidade. O argentino infiltrou-se nas costas de Adonis Frias e finalizou na saída de Gabriel Brazão , inaugurando o placar. O gol precoce impulsionou o Santos a assumir a posse de bola e se posicionar no campo de ataque, enquanto os anfitriões recuaram suas linhas de marcação.
A Reação Santista e as Lacunas Defensivas
No ataque santista, algumas movimentações táticas eram evidentes: Souza projetava-se pelo centro, atuando quase como um segundo atacante; Barreal se abria pela esquerda; Rollheiser circulava por trás dos volantes do Botafogo; e Victor Hugo se aproximava de Igor Vinícius pela direita. Mesmo sem converter essa presença em finalizações imediatas, o Peixe rondava a área adversária, indicando que uma oportunidade poderia surgir a qualquer momento. E de fato surgiu: Igor Vinícius, pela direita, cruzou com dificuldade, e Souza , em dividida com Newton na pequena área, conseguiu o empate.
Com o placar novamente igualado, o Botafogo voltou a se soltar em campo, e as fragilidades defensivas do Santos tornaram-se mais evidentes, especialmente pelo lado direito da defesa. Atuando em um esquema 5-3-2, o Peixe oferecia pouca cobertura a Igor Vinícius naquele setor, justamente onde o segundo gol do Glorioso foi construído. Barboza percebeu a liberdade de Correa pela esquerda, que trouxe a bola para o centro, tabelou com Jeffinho e finalizou no ângulo esquerdo de Brazão. A jogada representou uma superioridade numérica de 3 contra 1 sobre Igor Vinícius. No intervalo da partida, Alexandre Mattos, executivo de futebol do Santos , manifestou sua insatisfação ao árbitro Rodrigo José Pereira de Lima, reclamando de uma suposta falta não assinalada em Lautaro Diaz no lance que antecedeu o segundo gol de Correa.
Ajustes no Intervalo e o Goleiro Santista em Destaque
Com a nova vantagem no placar, o Botafogo evitou o erro de se retrair excessivamente, mantendo uma postura de marcação mais agressiva a partir da intermediária ofensiva. Isso contribuiu para um jogo ainda mais aberto. Santi Rodriguez foi um dos destaques do time da casa, criando boas jogadas perto da área e quase ampliando o placar ainda no primeiro tempo, ao roubar a bola de Souza e finalizar para a defesa de Brazão.
O Santos também continuou a criar ataques perigosos. Lautaro Diaz superou Newton ? que teve uma atuação irregular ? e chutou para a defesa de Léo Linck. Pouco antes, Souza já havia assustado com um chute da entrada da área. Vojvoda, percebendo a necessidade de mudanças, desfez a linha de cinco defensores no intervalo, substituindo Alexis Duarte por Guilherme e retornando ao tradicional 4-2-3-1.
O segundo tempo começou ainda mais aberto e dinâmico que o final da primeira etapa. O Santos permanecia exposto, concedendo espaços e finalizações constantes na sua área. Gabriel Brazão foi fundamental, impedindo dois gols de Danilo em menos de 15 minutos e agindo com precisão ao sair nos pés de Jeffinho em outras duas ocasiões. A entrada de Cuiabano e Vitinho no Botafogo aumentou a precisão e a participação ofensiva da equipe.
Pelo lado santista, Guilherme entrou de forma participativa pela esquerda, e Lautaro manteve sua movimentação intensa. Mesmo correndo mais riscos do que gerando problemas ao Botafogo, o Peixe não abdicou da agressividade quando tinha a posse de bola. Essa postura foi recompensada por uma jogada de Souza , um dos principais nomes do time em campo. Ele invadiu a área pela esquerda, driblou Vitinho e foi derrubado. Barreal cobrou o pênalti com categoria, empatando a partida aos 24 minutos da segunda etapa.
Desfecho Intenso e Implicações na Tabela
Após o segundo gol santista, Vojvoda promoveu novas alterações, retirando Souza e Lautaro Diaz para as entradas de Escobar e Tiquinho Soares. Logo após a parada técnica, Willian Arão e Caballero substituíram Victor Hugo e Barreal. No Botafogo, Jeffinho deu lugar a Savarino, e Allan e Alex Telles entraram nas vagas de Danilo e Cuiabano. Nos últimos 15 minutos do jogo, o time carioca reassumiu o controle das ações, empurrando o Santos para a defesa.
Brazão, mais uma vez, demonstrou sua capacidade ao defender um chute forte de Savarino de dentro da área. Alex Telles foi responsável pela última finalização de relevância no confronto, acertando o travessão santista nos acréscimos. Para a torcida carioca, o resultado foi frustrante, pois o Botafogo não conseguiu aproveitar a derrota do Bahia para retomar a quinta posição na tabela. Já o Santos , apesar do ponto conquistado, abriu apenas um ponto de vantagem sobre o Vitória, permanecendo na 16ª colocação, em uma situação que ainda exige máxima atenção para as rodadas finais do Brasileirão.
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