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Santos e a Defesa: Por Que Reforços Não Estancam a Sangria de Gols?

Por Redação FutSantos em 01/11/2025 07:13

O Santos Futebol Clube se vê em um paradoxo intrigante nesta reta final do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter concentrado seus esforços de mercado na defesa, o setor que mais recebeu investimentos na última janela de transferências, a equipe comandada por Juan Pablo Vojvoda ainda luta para encontrar a solidez desejada. A questão dos gols sofridos persiste como um calcanhar de Aquiles, comprometendo a busca por uma reação consistente na competição.

A próxima oportunidade para o Alvinegro Praiano demonstrar sinais de evolução defensiva será diante do Fortaleza, em confronto válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O embate, agendado para este sábado, às 16h (horário de Brasília), na Vila Belmiro, assume contornos de um teste crucial para a retaguarda santista.

Dos nove novos atletas que desembarcaram na Baixada Santista na metade da temporada, um terço foi direcionado à linha defensiva. Os laterais direitos Mayke e Igor Vinícius, e os zagueiros Adonis Frías e Alexis Duarte, representam a aposta da diretoria para qualificar o setor. Contudo, o quarteto ainda não conseguiu estabelecer-se de forma inquestionável ou conferir a estabilidade esperada ao time de Vojvoda.

A fragilidade defensiva recente é um dado alarmante: nas últimas seis partidas pelo Brasileirão, o Santos viu sua meta ser vazada em todas elas. Em cinco desses confrontos, o Peixe iniciou o placar em desvantagem. A única exceção a essa sequência, e também a única vitória no período, ocorreu no clássico contra o Corinthians, onde o time conseguiu abrir o marcador antes de sofrer o gol adversário.

O Dilema dos Reforços: Laterais e Zaga em Questão

Além da vitória mencionada, o histórico recente inclui três empates ? contra Bragantino, Grêmio e Botafogo ? e duas derrotas, para Ceará e Vitória. Ao todo, a defesa santista foi superada em dez ocasiões nesses seis compromissos, evidenciando uma vulnerabilidade preocupante.

Na lateral direita, após as saídas de Leo Godoy e Aderlan, o Santos buscou recomposição com Mayke e Igor Vinícius. Ambos, entretanto, experimentaram oscilações em suas atuações, sem conseguir conquistar a plena confiança da torcida. Igor Vinícius parece ter ganhado a preferência do técnico, sendo titular nos últimos quatro jogos. Uma inflamação no joelho direito afastou Mayke do duelo contra o Ceará, e desde então, o jogador que antes era titular tem permanecido no banco de reservas.

O ponto de maior incerteza, contudo, reside na zaga. Luan Peres consolidou-se como titular absoluto pelo lado esquerdo. No entanto, a escolha de seu parceiro tem sido uma constante variação, sem que nenhum atleta consiga se firmar definitivamente na posição. Atualmente, Adonis Frías e Alexis Duarte disputam a vaga, com Zé Ivaldo correndo por fora. João Basso, que chegou a conquistar a titularidade sob o comando de Cleber Xavier, e Luisão são outras alternativas, mas dispõem de menos oportunidades.

A Adaptação e as Falhas Individuais na Retaguarda

Apesar do investimento, nenhum dos dois reforços para a zaga ? Frías e Duarte ? conseguiu convencer plenamente nos primeiros meses vestindo a camisa santista. A dupla, inclusive, foi escalada junta na pior performance sob a gestão de Vojvoda, na derrota para o Ceará, um revés que expôs as fragilidades do sistema defensivo.

Em outra tentativa de ajuste, contra o Botafogo, o treinador do Peixe testou uma formação com três zagueiros, escalando Frías e Duarte ao lado de Luan Peres . O esquema, todavia, não surtiu o efeito desejado, e o Santos continuou a apresentar graves problemas defensivos, especialmente pelo lado direito do campo.

Adonis Frías tem demonstrado um entrosamento ligeiramente superior com Luan Peres , o que o coloca em vantagem na disputa. Contudo, o defensor argentino é um jogador de movimentação mais lenta, com eventuais dificuldades na recomposição da zaga. Ele tenta compensar essa característica com uma melhor qualidade na saída de bola, em comparação a Alexis Duarte. O paraguaio, por sua vez, embora mais ágil, ainda passa por um período de adaptação ao futebol brasileiro e já foi protagonista de algumas falhas em jogadas aéreas, um aspecto crucial na defesa.

Santos e a Preocupante Posição no Ranking Defensivo

A situação defensiva do Santos é corroborada pelos números gerais da competição. O clube inicia a 31ª rodada do Campeonato Brasileiro ostentando a sétima pior defesa, com um total de 42 gols sofridos. Esse dado posiciona o Peixe à frente apenas de Internacional, Vitória, Fortaleza, Sport, Bragantino e Juventude, conforme a tabela abaixo:

Posição Clube Gols Sofridos
1º (Melhor) ... ...
... ... ...
7ª Pior Santos 42
6ª Pior Internacional 43
5ª Pior Vitória 44
4ª Pior Fortaleza 44
3ª Pior Sport 46
2ª Pior Bragantino 47
1ª Pior Juventude 56

Apesar dos investimentos e das tentativas de ajuste, a defesa do Santos segue como um dos maiores desafios para a comissão técnica, em um momento crucial da temporada.

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