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Santos: Déficit de R$ 43 Milhões no Semestre - O Alerta Financeiro da Gestão
Por Redação FutSantos em 04/09/2025 10:02
A gestão do Santos Futebol Clube se depara com um cenário financeiro desafiador, conforme o balancete do segundo trimestre de 2025 foi apresentado aos conselheiros. O documento aponta um saldo negativo de R$ 42,9 milhões no período entre abril e junho, um montante que excede em R$ 4,1 milhões a estimativa inicial de R$ 38,8 milhões em despesas, sinalizando uma pressão considerável sobre a diretoria, que terá a responsabilidade de revisar o planejamento orçamentário em novembro.
Ao se analisar o panorama completo dos dois primeiros trimestres do ano, a diferença entre o que foi projetado e o que efetivamente se concretizou atinge um patamar de 29,51%. Este descompasso é atribuído, em grande parte, ao impacto financeiro do contrato inicial de Neymar em seu retorno ao clube, um movimento que, embora de grande apelo, teve repercussões significativas nas contas.
Reformulação do Elenco: Custos e Consequências
De acordo com o relatório fiscal, os principais fatores que contribuíram para este desequilíbrio residem na profunda reformulação do elenco realizada no início da temporada. Foram dez novas contratações, incluindo nomes como Neymar , Rollheiser, Thaciano, Tiquinho, Zé Rafael, Deivid Washington, Gabriel Verón, Leo Godoy, Zé Ivaldo e Barreal. Adicionalmente, houve o retorno de Soteldo, que estava emprestado ao Grêmio no ano anterior.
Contudo, a dinâmica do futebol é fluida, e alguns desses atletas já não vestem mais a camisa alvinegra. Deivid Washington , por exemplo, retornou ao Chelsea, Gabriel Verón foi negociado com o Juventude, e Leo Godoy transferiu-se para o Independiente-ARG. O próprio Soteldo, peça importante, foi vendido ao Fluminense por R$ 40 milhões, um valor que, por questões contábeis, somente será refletido no próximo balancete, atenuando parcialmente o cenário atual.
Movimentações de Jogadores no Início da Temporada
Jogador | Observação |
---|---|
Neymar | Retorno ao clube, impacto inicial do contrato |
Rollheiser | Reforço para a temporada |
Thaciano | Reforço para a temporada |
Tiquinho | Reforço para a temporada |
Zé Rafael | Reforço para a temporada |
Deivid Washington | Reforço, já retornou ao Chelsea |
Gabriel Verón | Reforço, já negociado com o Juventude |
Leo Godoy | Reforço, já transferido ao Independiente-ARG |
Zé Ivaldo | Reforço para a temporada |
Barreal | Reforço para a temporada |
Soteldo | Retorno de empréstimo do Grêmio |
Superávit em Transferências Recentes e Projeções Futuras
Apesar do panorama financeiro adverso no semestre, a diretoria conseguiu registrar um superávit de R$ 54 milhões na mais recente janela de transferências. Esta marca foi alcançada por meio de um saldo de 17 saídas de jogadores contra oito chegadas, sendo que apenas dois dos novos nomes, Frías e Caballero, demandaram investimento em direitos econômicos.
A expectativa da cúpula do clube é que as negociações recentes gerem um montante de R$ 106 milhões em receitas até o final da atual gestão, sob a liderança de Marcelo Teixeira. Dentre as operações mais relevantes, destacam-se a venda de Luca Meirelles ao Shakhtar Donetsk por R$ 63 milhões, o empréstimo do goleiro João Paulo ao Bahia por R$ 1,6 milhão e a cessão de Diego Borges ao Amazonas por R$ 318 mil.
Principais Vendas Recentes e Receitas Projetadas
Jogador | Destino | Receita (estimada) |
---|---|---|
Luca Meirelles | Shakhtar Donetsk | R$ 63 milhões |
Soteldo | Fluminense | R$ 40 milhões (a ser computado) |
João Paulo | Bahia (empréstimo) | R$ 1,6 milhão |
Diego Borges | Amazonas (cessão) | R$ 318 mil |
Estratégias para Estabilização Financeira
Para conter o avanço das despesas e mitigar o endividamento, o Conselho Fiscal do Santos apresentou uma série de recomendações à diretoria. Entre as principais sugestões, destacam-se a necessidade imperativa de reduzir a folha salarial e a implementação de um teto remuneratório que seja proporcional à receita garantida pelo clube, com uma clara priorização para atletas formados nas categorias de base.
Apesar de um semestre com números preocupantes, a esperança é que as receitas provenientes de vendas de jogadores e a captação de novos patrocínios possam trazer um mínimo de equilíbrio às finanças. Contudo, o clube se prepara para enfrentar uma temporada marcada por ajustes rigorosos e decisões estratégicas cruciais para a estabilização de suas contas e a garantia de sua saúde financeira a longo prazo.
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