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Santos: Basso Detalha Reviravolta e o Papel Essencial de Neymar nos Bastidores
Por Redação FutSantos em 07/07/2025 04:16
A trajetória de João Basso no Santos é um testemunho de superação. Após um período de intensa pressão e críticas, o defensor consolidou-se como peça fundamental na zaga alvinegra, alcançando a titularidade absoluta. Sua recuperação no elenco santista, contudo, não se deu isoladamente, mas em um ambiente transformado, no qual a presença de um nome de peso exerceu uma influência singular.
Nos bastidores do clube, uma conexão inesperada floresceu, unindo Basso a um dos maiores ícones do futebol brasileiro: Neymar. Compartilhando momentos fora dos gramados, desde o Carnaval carioca até férias em Mangaratiba, a amizade entre os dois jogadores evidenciou uma faceta de Neymar pouco conhecida pelo grande público, mas determinante para o clima interno do Peixe.
A Personalidade Oculta de Neymar Revelada
Para Basso, a percepção pública sobre Neymar diverge drasticamente da realidade. Ele expressa um lamento pela forma como o craque é frequentemente retratado, distante da verdadeira essência do atleta e da pessoa que ele tem a oportunidade de conviver diariamente.
Vou ser bem sincero. É uma pena que as pessoas não conheçam ele verdadeiramente. Te garanto que 95% das coisas que são faladas aí fora não seriam faladas. Um cara extremamente positivo, do bem, com um coração gigantesco. Ele procura ajudar todos, principalmente, com a experiência e o talento que possui. Você vê ele falando com o pessoal da base, com os moleques que vem treinar uma vez ou outra. Sempre ajudando, sempre falando. Fazendo milhares de coisas pro bem do clube, dos jogadores, pro bem-estar de todo mundo.
O zagueiro enfatiza que a imagem midiática, por vezes, distorce a realidade. Segundo Basso, a busca por engajamento em plataformas digitais ou televisivas muitas vezes leva a críticas infundadas, ofuscando o caráter altruísta e o impacto positivo que Neymar exerce sobre o ambiente interno do Santos .
É uma pena que muitas pessoas usam as redes, a televisão, para criticar ele. Para ganhar likes ou algo do gênero. Se as pessoas realmente conhecessem aquilo que temos o prazer de conhecer diariamente, não falariam as coisas que falam.
A Resiliência que Conduziu à Titularidade
A trajetória de João Basso é marcada por uma notável capacidade de superação. Ele não se curvou diante dos obstáculos impostos ao longo de sua carreira. Desde o "não" do Athletico-PR e a aceitação no Paraná Clube, passando pela experiência em Portugal e a decisão de atuar na terceira divisão com o Arouca, até o breve retorno ao Santos antes de um novo empréstimo, sua jornada foi pontuada por desafios.
O defensor descreve-se como um indivíduo inerentemente resiliente, traço forjado em momentos de adversidade, especialmente durante sua juventude em Portugal. A crença no trabalho árduo e no controle sobre a própria dedicação foram os pilares para sua ascensão.
Eu sou uma pessoa muito resiliente. Passei aquele período em Portugal, muito novo, por momentos nos quais precisei ser resiliente. Principalmente no período em que precisei dar muitos passos para trás, quando você chega a pensar que não tem mais saída. Sempre tive isso claro. Uma coisa que preciso fazer sempre é trabalhar. E focar naquilo que controlo. As coisas que não controlo, eu não consigo mudar, fazer nada. O que consigo controlar é minha dedicação no dia a dia, o esforço no trabalho.
A reviravolta de Basso no Peixe começou a se desenhar após uma atuação aquém do esperado contra o Corinthians, pela fase de grupos do Campeonato Paulista. Em um processo silencioso de reestruturação, a chegada de Cleber Xavier à comissão técnica foi um divisor de águas, conferindo maior solidez defensiva à equipe e, consequentemente, abrindo espaço para o zagueiro.
A oportunidade para Basso se firmar surgiu em um momento de contingência, quando Gil precisou se ausentar por questões familiares e Zé Ivaldo foi suspenso. Ele estava preparado para corresponder.
Desde o momento em que o (Pedro) Caixinha opta por não dar mais oportunidades, eu continuei trabalhando e me dedicando. O Cleber chegou, deu uma estabilidade defensiva muito boa para nossa equipe. Começamos a sofrer menos gols e tudo mais. Acabo tendo essa oportunidade quando o Gil precisa ir resolver o problema familiar, o Zé Ivaldo é suspenso e a oportunidade aparece. Eu falo que a oportunidade sempre vai aparecer. Temos que estar preparados pra corresponder quando ela chegar.
O Pilar Defensivo e a Unidade Santista
Basso soube aproveitar a chance. Ele destacou o desempenho positivo contra o Vitória e a partida contra o Botafogo, onde, apesar do resultado, o time demonstrou grande qualidade. A vitória crucial em Fortaleza antes da pausa do Brasileirão solidificou seu lugar e a confiança da equipe.
Fui feliz no jogo contra o Vitória. Depois nós fazemos um grande jogo contra o Botafogo. Até hoje não conseguem explicar como não vencemos aquele jogo. Depois vamos para a pausa no Brasileirão com uma vitória muito importante em Fortaleza. Continuei trabalhando, esperei a oportunidade aparecer e pude corresponder.
A união do elenco , impulsionada pela energia de Neymar , foi um fator decisivo para a mudança de cenário no Santos , culminando em uma melhora nos resultados e na saída da zona de rebaixamento. Basso ressalta que a presença do craque alterou positivamente a atmosfera do clube.
Temos um grupo muito fantástico aqui no Santos. O pessoal se dá super bem. Acho que isso é interessante e em outros lugares eu sentia falta. Depois do almoço, você tem 10, 12 jogadores que ficam na mesa conversando, contando história, dando risada. Aí você cria um vínculo interessante. Obviamente que ter uma amizade com o Neymar evidencia mais porque é um jogador extremamente midiático. Mas é uma relação muito boa. Ele é um cara fantástico. Ele chegou aqui e mudou o ambiente do clube. Todo mundo gosta um do outro. Se sente bem aqui.
Mesmo nos períodos mais desafiadores, a mentalidade do grupo permaneceu inabalável. O zagueiro conclui que a serenidade e a dedicação diária são a chave para o sucesso, tanto dentro quanto fora de campo, mantendo um ambiente de trabalho construtivo e otimista.
Nós falávamos que quando estávamos na fase ruim até parecia que estávamos na parte de cima da tabela porque chegávamos pra treinar e o ambiente era bom. Todo mundo queria sair da situação, mas o ambiente de trabalho era bem positivo. Estou tranquilo, feliz, fazendo de tudo para que as coisas corram bem fora e, principalmente, dentro de campo.
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