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Santos Acionado na Justiça: Goleiro Parente Cobra R$ 227 Mil por Transferência Falha

Por Redação FutSantos em 05/11/2025 18:13

O Santos Futebol Clube se vê, mais uma vez, em meio a uma controvérsia jurídica que promete repercutir nos bastidores da Vila Belmiro. O goleiro Thiago Parente, atualmente integrante da equipe sub-20 do Vasco, move uma ação na Vara do Trabalho da cidade, demandando do Peixe uma indenização de R$ 227 mil. O cerne da questão reside em uma transferência que, apesar de avançada, foi abruptamente desfeita, gerando alegações de prejuízos financeiros e morais ao atleta.

A quantia reivindicada por Parente se desdobra em duas frentes principais. A primeira, no valor de R$ 127 mil, refere-se à diferença salarial que o jogador teria recebido no Santos , conforme contrato acertado até 31 de janeiro de 2028, em comparação com seus vencimentos atuais no Vasco, cujo vínculo se estende até 31 de dezembro de 2025. A segunda parcela, de R$ 100 mil, corresponde à indenização por danos morais, argumentando que a forma como o clube lidou com a desistência da contratação expôs o goleiro a uma situação vexatória e prejudicial.

Detalhes da Ação: Promessas Quebradas e Prejuízos

A equipe legal que representa Thiago Parente detalha no processo o grau de comprometimento do jogador com a mudança para o litoral paulista. Parente não apenas se mudou para Santos , mas também foi incluído no grupo de WhatsApp do elenco sub-20, evidências que foram anexadas aos autos da ação. A expectativa de uma nova fase na carreira foi, segundo a defesa, legitimamente criada e, posteriormente, frustrada por uma decisão unilateral do clube.

O processo aponta inconsistências na formalização do acordo. "Cumpre ressaltar que o referido contrato foi assinado por 2 (dois) diretores do Reclamado ? o Dr. Daniel Curi, Diretor Jurídico, e o Sr. Rodrigo Alflen, Diretor da categoria de base. Apenas uma terceira assinatura, de outro diretor do Reclamado (Sr. Daniel Pereira Alves), deixou de ser aposta por razões alheias ao conhecimento do Reclamante", afirma um trecho do documento. A ausência de uma assinatura crucial, portanto, parece ter sido o elo fraco da negociação.

A defesa do atleta reitera que o Santos falhou em suas obrigações, tanto contratuais quanto pré-contratuais. "O Reclamado, portanto, descumpriu obrigação contratual e pré-contratual, frustrando a legítima expectativa do atleta, que já havia reorganizado sua vida pessoal e profissional, transferindo-se para a cidade de Santos ", declara o processo. A alegação central é de que o clube não apenas descumpriu um acordo, mas também desconsiderou o impacto direto na vida pessoal e profissional do goleiro.

O Impacto Pessoal e a Resposta do Clube

O advogado de Parente, Diogo Souza, narra o abalo emocional sofrido pelo jogador. Ele precisou se despedir do Vasco, crente de que estava a caminho do Santos , e foi apresentado na Vila Belmiro, integrando-se, inclusive, ao grupo do elenco . A comunicação da desistência veio de forma inesperada. "No último dia da janela, às 16h, o clube avisou que não ia contar mais com ele. Dois dias depois, ele foi surpreendido que um dos diretores não tinha assinado o contrato de trabalho", relatou Souza , enfatizando a natureza tardia e desorganizada do comunicado.

Questionado sobre o assunto, o Santos Futebol Clube adotou uma postura cautelosa. A instituição declarou que "não pode se posicionar porque não foi notificado e não teve acesso aos autos da referida ação". Esta resposta padrão, embora formalmente correta, não alivia a pressão sobre a diretoria, especialmente considerando as implicações mais amplas do caso.

Implicações e Contexto Político

O processo movido por Thiago Parente não é um evento isolado e, ao que tudo indica, contribuirá para intensificar a complexa conjuntura política que envolve o Comitê de Gestão liderado por Marcelo Teixeira. Daniel Pereira Alves, um dos diretores cujo nome é citado nominalmente como responsável pela dispensa do goleiro, já é alvo de uma investigação interna. Um grupo de conselheiros o denunciou por ter dispensado Parente de maneira arbitrária, e o caso está sob análise da Comissão de Inquérito e Sindicância do clube.

Este cenário de litígios e investigações internas sugere um período de desafios para a administração santista. A maneira como o clube gerencia suas contratações e as consequências de decisões abruptas estão sob escrutínio, tanto na esfera judicial quanto nos corredores da política interna. A tabela a seguir resume os valores e as partes envolvidas no processo:

Parte Envolvida Detalhe Valor Reclamado
Thiago Parente (Goleiro) Diferença salarial (Santos vs. Vasco) R$ 127.000,00
Thiago Parente (Goleiro) Danos Morais R$ 100.000,00
Total Reclamado R$ 227.000,00

A saga de Thiago Parente e o Santos FC é um lembrete contundente da necessidade de rigor e transparência nas negociações de atletas, especialmente em um clube com a história e a visibilidade do Peixe. O desfecho deste processo será acompanhado de perto, não apenas por suas implicações financeiras, mas também pelo impacto na imagem e na gestão do clube.

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