Santos 1x0 Palmeiras: Análise da Vitória que Tirou o Peixe do Z-4

O clássico confronto entre Santos e Palmeiras, disputado neste sábado (15), transcendeu a mera rivalidade, representando um embate crucial para ambos no Campeonato Brasileiro, ainda que por razões distintas. Em uma noite de emoções na Vila Belmiro, o Peixe, com Neymar entre os titulares, exibiu uma superioridade notável na etapa inicial, enquanto o rival buscou a reação no segundo tempo. Contudo, foi a entrada de Rollheiser nos instantes finais que selou o destino da partida, garantindo a vitória santista por 1 a 0 com um gol decisivo.

Este embate, válido pela 13ª rodada e adiado devido à pausa da Data Fifa, trouxe um alívio substancial para o Santos . Com o triunfo, o time da Baixada Santista alcança os 36 pontos, superando o Vitória por um ponto e, consequentemente, deixando a incômoda zona de rebaixamento. Para o Palmeiras, que enfrentava um considerável número de desfalques, a derrota teve um custo alto: a perda da liderança para o Flamengo, que, em partida anterior, goleou o Sport por 5 a 1.

Dominância Alvinegra: O Primeiro Tempo do Santos

A primeira metade do jogo foi um monólogo do Santos . Impulsionado pela fervorosa torcida, o elenco praiano impôs um controle absoluto sobre as ações ofensivas. O Palmeiras, por sua vez, limitou-se a observar e defender, com raras incursões que sequer ameaçaram o goleiro Gabriel Brazão. No lado alviverde, a performance de Carlos Miguel sob as traves foi fundamental para manter o placar inalterado, evitando que a superioridade santista se convertesse em gols.

A postura mais incisiva da equipe da casa teve em Neymar um de seus pilares. O craque, em suas aparições, demonstrou uma faceta mais coletiva, priorizando a distribuição de passes e a movimentação da bola para abrir espaços, distanciando-se do individualismo habitual. Embora também tenha atuado como uma espécie de "camisa 9" dentro da área em algumas ocasiões, suas investidas pelas laterais foram constantes, exigindo múltiplas intervenções de Carlos Miguel para salvar o Palmeiras.

A equipe alviverde, irreconhecível em campo, evidentemente sentiu o peso dos mais de dez desfalques, resultantes de lesões, suspensões e convocações para suas seleções nacionais. A ausência de peças-chave comprometeu a estrutura tática e a capacidade de resposta do time de Abel Ferreira.

Reação Alviverde e a Resposta do Peixe: Um Segundo Tempo Equilibrado

Ciente da necessidade de uma mudança, Abel Ferreira promoveu alterações no intervalo. A estratégia surtiu efeito, e o Palmeiras regressou dos vestiários com uma postura tática significativamente diferente. Luighi, logo nos primeiros minutos da segunda etapa, assustou Gabriel Brazão em duas oportunidades, sinalizando a nova intensidade alviverde. A equipe visitante elevou sua marcação e passou a criar chances mais perigosas.

A crescente pressão do Palmeiras motivou o técnico Vojvoda a reagir. Atento às expectativas da torcida, ele introduziu o jovem Robinho Jr. no gramado. Em sua primeira participação, em uma jogada construída com Neymar , faltaram poucos detalhes para que um cruzamento rasteiro na pequena área resultasse em gol, gerando um clamor na arquibancada e quase alterando o marcador.

Flaco López, mesmo sem seu habitual parceiro de ataque, também foi a campo na segunda etapa, oferecendo momentos de perigo para o Palmeiras. Convocado pela seleção argentina, o atacante chegou a tempo para o jogo após um voo fretado pelo clube, tendo participado de apenas 39 minutos de um amistoso contra Angola na sexta-feira (14), o que minimizou seu desgaste físico.

As substituições, de ambos os lados, transformaram a dinâmica da partida. Se o Santos havia dominado completamente o primeiro tempo, a etapa complementar foi marcada por um equilíbrio maior, com oportunidades claras para as duas equipes. Mais uma vez, os goleiros foram protagonistas, com defesas determinantes que mantiveram o placar inalterado até então. Neymar , por sua vez, permaneceu em campo durante os 90 minutos, sem se envolver em lances controversos ou receber advertências.

O Gol Decisivo e o Contexto Histórico do Clássico

Foi então que Rollheiser, acionado do banco de reservas no lugar de Zé Rafael, emergiu para reescrever o roteiro do jogo. Aproveitando uma assistência precisa de Robinho Jr, o atacante finalizou com maestria, estufando as redes de Carlos Miguel. O gol, que incendiou a Vila Belmiro, foi o justo prêmio pela persistência e pela busca incessante pela vitória.

Para contextualizar, este foi o terceiro embate entre Santos e Palmeiras na atual temporada. Nos dois confrontos anteriores, o time praiano não obteve sucesso:

SANTOS 1 x 0 PALMEIRAS