Neymar de Volta? Vojvoda Revela Expectativas e Dilemas no Santos

A atenção no cenário santista se volta para a iminente volta de Neymar. O astro, poupado do recente confronto contra o Palmeiras devido às características do gramado sintético do Allianz Parque e sua recuperação de lesão, é aguardado com expectativa para o embate decisivo contra o Flamengo, neste domingo, no Maracanã, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O técnico Juan Pablo Vojvoda, em suas declarações pós-clássico, demonstrou confiança na capacidade do camisa 10. Ele sinalizou que o Santos contará com uma versão aprimorada do jogador nesta reta final da competição, um anseio compreensível diante da delicada posição da equipe na tabela.

Quanto a Neymar, temos um jogador que sabemos a situação, que vem de uma lesão procurando sua melhor versão. Há outro jogo pela frente. Estava decidido, é um gramado difícil para jogar e as condições dele eram difíceis. O jogador tem que estar convencido para jogar nessas condições. Vamos contar daqui para frente com o melhor Neymar, confiamos que ele vai ajudar. Confio muito nele como em cada um jogador do nosso elenco.

Apesar da forte expectativa para o retorno do craque na partida contra o Flamengo, Vojvoda optou por manter um tom cauteloso, indicando que a decisão final sobre a participação de Neymar será tomada após conversas detalhadas com o próprio atleta e sua comissão técnica. A preparação do jogador, que incluiu atividades separadas e com a base, é um ponto chave nesta avaliação.

Tenho que analisar primeiro com minha comissão técnica e com o jogador, analisar estratégia, o momento. Ele somou minutos ontem no treinamento que sempre fazemos com os jogadores que não começam o jogo. Ele participou normalmente. Hoje, ele treinou no CT e foram jogadores da base para ajudar o treinamento ser o mais similar ou parecido o que fazemos sempre. Amanhã vai se somar ao grupo, fazer outro treino. Vamos encontrar com ele no sábado e tomar a decisão. É minha a decisão, mas, como tudo, falo com os jogadores e depois decido.

A Complexa Decisão Sobre o Retorno de Neymar ao Santos

Ainda que o foco se projete para o futuro, a análise do desempenho recente do Santos é inevitável. O técnico Juan Pablo Vojvoda, apesar da derrota por 2 a 0 para o Palmeiras no Allianz Parque pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, manifestou aprovação em relação à performance da equipe no primeiro tempo do clássico.

Para o comandante alvinegro, a equipe demonstrou solidez defensiva e, em momentos pontuais, conseguiu articular jogadas ofensivas com posse de bola. Contudo, a visão do argentino aponta para a atuação de Vitor Roque como um fator determinante para o resultado adverso. A capacidade individual do atacante adversário, segundo Vojvoda, fez a diferença.

Fizemos um bom primeiro tempo defensivamente e tivemos duas ou três transições importantes, que não finalizamos. Tivemos um adversário que nos fez defender mais atrás do que o normal. Foi um primeiro tempo que defendemos bem e gostei com a bola em determinados momentos. Estávamos bem e com controle do jogo no segundo tempo, com o adversário com algumas situações, mas o atacante deles define o jogo com o potencial.

Vojvoda Detalha Escolhas Táticas e Desempenho Individual Pós-Clássico

As escolhas táticas e o desempenho de novos nomes também foram pautas da coletiva. Sobre a estreia de Robinho Jr., o treinador expressou satisfação com a primeira etapa do jovem atleta. Ele reconheceu que o segundo tempo trouxe menos posse de bola, forçando o Palmeiras a avançar, mas reiterou a correção da atuação do jogador em sua primeira partida como titular.

Gostei do primeiro tempo dele. No segundo não teríamos tanta posse de bola. Tínhamos um Palmeiras que consumava metros no campo. Fez uma partida correta por ser a primeira do início. É um jogador que vai continuar crescendo. Ele será um grande jogador, mas tem que dar rendimento quanto a estatísticas, assistências, gols. Ele está no caminho certo.

As alterações na formação da equipe foram explicadas como parte de uma estratégia premeditada. Vojvoda buscou uma linha defensiva de três ou cinco jogadores, utilizando dois zagueiros de ofício e um zagueiro-volante como Arão. A ausência de Luan, suspenso, levou à opção por Duarte e Zé Ivaldo, considerando também o curto intervalo entre os jogos. A escolha por Robinho , apesar de dúvidas iniciais, visava agregar qualidades específicas ao time. "Foi só estratégia. Preciso de todos os jogadores", enfatizou o técnico.

Mudanças foram por estratégia. Queria uma linha de três ou de cinco, com dois zagueiros de origem, um zagueiro-volante como Arão. Foi parte da estratégia e das mudanças. Optei por Duarte e Zé Ivaldo, tínhamos Luan suspenso. Entre Frías e ele, hoje decidi ter um jogo em três dias também. Escolhi Robinho, porque considerava ter dúvidas, mas ele poderia me dar coisas. Foi só estratégia. Preciso de todos os jogadores.

A entrada de Caballero no decorrer da partida, em detrimento de Tiquinho, também foi esclarecida. Com o placar ainda em 0 a 0 e o Palmeiras dominando a posse de bola, a necessidade era de um atacante com características de auxílio na marcação e transição rápida após a recuperação da bola. Caballero, com seu perfil de movimentação e velocidade, se alinhava melhor a essa demanda do que Tiquinho, que, segundo Vojvoda, "tem outras características, precisa de mais bola na área."

O jogo estava zero a zero. O Palmeiras tinha mais posse de bola, como é lógico, ganhando metros. Nesse momento precisava de um camisa 9 que ajudaria e transitava quando roubaria bola. O Tiquinho tem outras características, precisa de mais bola na área. Eu via jogo com característica de roubar bolas e transitar com velocidade. Por isso a entrada de Caballero.

O Espírito de Luta do Santos: Vojvoda Confia na Resiliência do Elenco

Em meio ao cenário desafiador de luta contra o rebaixamento, Vojvoda expressou sua convicção na força e no espírito do elenco. Ele descreveu o grupo como "experiente, que compreende a situação", formado por "homens" determinados a reverter o quadro. A luta "ponto a ponto, jogo a jogo" é a máxima, com a plena consciência da grandiosidade da instituição que representam e da expectativa dos torcedores.

Vejo um grupo experiente, que compreende a situação. Que vive uma situação difícil, um grupo de homens, que quer sair dessa situação e vai lutar ponto a ponto, jogo a jogo, que sabe a instituição que está, o clube que representa, a situação que está. Ele compreende o torcedor. Não olhar para o lado e dizer que não quer estar. Nesse grupo, não senti isso. Quando a situação está ruim, há jogadores que não querem participar. Nesse grupo é ao contrário. Até mesmo Neymar, que não esteve, contra o Fortaleza foi o primeiro que levantou a mão para querer ajudar.

A menção a Neymar , mesmo ausente, como um dos primeiros a demonstrar vontade de ajudar na partida contra o Fortaleza, reforça a percepção do treinador sobre a união e o comprometimento do grupo. Este é o alicerce sobre o qual o Santos buscará a recuperação nas rodadas finais do Brasileirão.

Confira os próximos desafios do Santos no Campeonato Brasileiro: