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Guilherme no Santos: Artilheiro sob Fogo Cruzado da Torcida – Entenda o Caso
Por Redação FutSantos em 26/10/2025 08:15
A fase desafiadora do Santos na elite do futebol nacional impactou diretamente a reputação do atacante Guilherme, que se tornou o epicentro das contestações dos torcedores ao longo da temporada. Após a falha em uma oportunidade de gol crucial contra o Vitória, na última segunda-feira, o jogador foi veementemente criticado e vaiado pelos presentes na Vila Belmiro.
Este cenário de desaprovação não representa uma novidade na trajetória de Guilherme no Peixe. Ele parece viver uma peculiar "artilharia das vaias": paradoxalmente, enquanto é considerado uma peça fundamental por todas as comissões técnicas que passaram pelo clube desde sua chegada, não consegue estabelecer uma conexão positiva com a massa santista, mesmo ostentando a marca de 15 gols no ano, isolado como o principal goleador da equipe.
O Contraste Entre Desempenho e Rejeição Popular
O caso de Guilherme se mostra intrigante por não se limitar ao desempenho em campo. O atleta é reconhecido por sua conduta exemplar no cotidiano do clube, sem registros de atrasos ou ausências, e, mais importante, sem histórico de problemas físicos recorrentes ou envolvimento em polêmicas extracampo. Sua presença como titular é quase uma constante desde que chegou, tendo sido afastado apenas por um breve período devido a uma lesão.
Guilherme mantém uma vida discreta e familiar, pautada por sua religiosidade e abstinência de álcool. No entanto, dentro das quatro linhas, ele parece arcar com um custo maior do que outros companheiros por decisões equivocadas ou chances perdidas, apesar de carregar o título de artilheiro do time na temporada. A percepção externa, muitas vezes, ignora a contribuição numérica para focar nos lances de insucesso.
A Visão Interna e o Valor do Atleta para o Clube
Em busca de uma compreensão mais aprofundada da situação, a apuração interna revelou que figuras ligadas à diretoria e à comissão técnica sugerem que a torcida, talvez de forma inconsciente, elegeu Guilherme como um "bode expiatório", elevando o tom das críticas a ele em comparação com outros jogadores. Essa seletividade na reprovação levanta questionamentos sobre a racionalidade das manifestações.
Guilherme consolidou-se como titular na Série B do ano anterior, sob a orientação de Fábio Carille, e manteve sua posição com a chegada de Pedro Caixinha, Cleber Xavier e, mais recentemente, Juan Pablo Vojvoda. Essa sequência de confiança por diferentes comandos técnicos o posiciona como um ativo de grande importância para a diretoria santista, que reconhece seu valor técnico e profissional.
Flutuações de Status e o Apoio do Treinador
Ao longo do ano, o camisa 11 chegou a recusar uma proposta do Atlético-MG. Não muito tempo depois, foi alvo de severas críticas em um protesto direto da Torcida Jovem, o que o levou a ser poupado da partida seguinte para que pudesse refletir sobre seu futuro. Com a efetivação de Vojvoda, a decisão foi pela permanência no elenco.
Mais do que isso, Guilherme chegou a ostentar a faixa de capitão da equipe na ausência de Neymar e foi elogiado após o clássico contra o Corinthians, indicando uma possível virada em sua imagem. Contudo, a recente derrota para o Vitória e o gol desperdiçado reverteram a situação, colocando o atacante novamente sob o escrutínio da torcida.
O torcedor se manifesta porque é passional. Eu fui torcedor, também, não sei se tem raciocínio ali na hora da vaia e da crítica, eu confio no Guilherme, torcedor vai seguir apoiando. Errou o gol porque estava em campo. Jogadores que estão em campo podem acertar ou errar.
A declaração de Vojvoda resume a postura do técnico, que defende seu jogador ao mesmo tempo em que reconhece a natureza emotiva da torcida.
Um Futuro Inevitável Apesar das Contestações
Guilherme possui vínculo contratual com o Santos até dezembro do próximo ano. Mesmo sem ter conquistado a total simpatia da torcida, o atacante continua a despertar o interesse de outros clubes da Série A, como o Atlético-MG, que já o procurou. Nesse contexto, a diretoria considera inviável liberá-lo para reforçar um concorrente direto.
Independentemente da preferência do torcedor, a realidade atual indica que o trabalho de Guilherme no Santos terá continuidade. Sua permanência é uma questão contratual e de estratégia do clube, que o vê como peça-chave, contrastando com a percepção de parte da arquibancada.
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