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Guilherme: Artilheiro do Santos em 2024 e a Trajetória de Superação

Por Redação FutSantos em 26/06/2025 06:14

No cenário do futebol brasileiro, poucas narrativas são tão complexas e repletas de reviravoltas quanto a de Guilherme no Santos em 2024. O atacante, que veste a camisa 11, encerra este primeiro semestre não apenas como uma peça fundamental na engrenagem santista, mas como o indiscutível principal goleador do elenco. Sua contribuição em gols e assistências o coloca no topo da lista de artilheiros do clube, um feito notável que, no entanto, não veio sem uma dose considerável de turbulência e escrutínio.

O Caminho da Artilharia: Números Incontestáveis

A despeito das oscilações e dos momentos de contestação, os números de Guilherme no primeiro semestre de 2024 são inegáveis e atestam sua importância. O atleta participou de 25 confrontos, sendo titular em 24 deles, o que demonstra sua regularidade na escalação inicial. Sua contribuição ofensiva se traduz em 12 gols assinalados e duas assistências, consolidando-o como o principal artilheiro do clube na temporada.

Para contextualizar a relevância de sua marca, uma comparação com os demais goleadores do elenco se faz necessária. Guilherme ostenta uma liderança folgada na artilharia, com o dobro de gols do segundo colocado, Tiquinho Soares, que registrou seis tentos. Essa disparidade sublinha o protagonismo do camisa 11 no ataque santista, mesmo diante de um percurso que exigiu resiliência e capacidade de superação.

Jogador Gols na Temporada 2024
Guilherme 12
Tiquinho Soares 6

A Trajetória de Contrastes: Do Brilho Inicial à Queda

O percurso de Guilherme na atual temporada é um estudo de contrastes. O ano começou de forma espetacular, com o atleta demonstrando uma forma invejável, reminiscentede seus melhores momentos. Nos seis primeiros confrontos, o poder de fogo do camisa 11 foi evidente, com sete bolas na rede que o mantiveram em alta performance, especialmente durante a fase final do Campeonato Paulista. Era a promessa de um ano de grande êxito.

Contudo, a transição para a disputa do Campeonato Brasileiro trouxe consigo uma mudança drástica no panorama. O brilho inicial de Guilherme começou a se apagar, e seu rendimento em campo experimentou uma queda acentuada. O atacante se viu imerso em um prolongado período de ineficácia ofensiva, acumulando oito partidas consecutivas sem conseguir balançar as redes adversárias. Esse hiato representou um jejum considerável de três meses, um lapso que começou a corroer a paciência da torcida.

Durante esse intervalo de improdutividade, as atuações do jogador de 30 anos foram marcadas por uma série de equívocos e oportunidades desperdiçadas na frente do gol. Tal sequência de falhas culminou em uma reação veemente por parte dos adeptos do Peixe. Na Vila Belmiro, palco histórico do clube, Guilherme passou a ser alvo de vaias e xingamentos a cada toque na bola, um reflexo da frustração crescente. O ápice dessa insatisfação ocorreu na derrota por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino, em partida válida pela sexta rodada da competição nacional, onde a hostilidade da torcida se tornou palpável.

A Confiança Mantida e a Superação Decisiva

Apesar da pressão externa e das manifestações negativas da arquibancada, a comissão técnica do Santos manteve uma postura de inabalável confiança em Guilherme . O atual comandante, Cleber Xavier, demonstrou persistência em sua aposta no atacante. Curiosamente, essa fé no potencial do camisa 11 não é um fenômeno isolado; ele sempre desfrutou do apreço e da credibilidade por parte dos estrategistas que passaram pelo comando santista, incluindo seus antecessores Fábio Carille e Pedro Caixinha.

A redenção de Guilherme começou a se desenhar em 25 de maio, quando ele finalmente conseguiu romper o longo período de seca. Naquela ocasião, seu gol foi determinante para assegurar a vitória de 1 a 0 sobre o Vitória, em um confronto disputado fora de casa, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. Esse tento não apenas encerrou o jejum, mas serviu como um divisor de águas em sua performance. Apenas dois jogos depois, o atacante voltou a ser decisivo, contribuindo para o triunfo de 3 a 2 sobre o Fortaleza, em um embate emocionante na Arena Castelão.

A trajetória de Guilherme neste semestre é um testemunho da complexidade do futebol de alta performance, onde a capacidade técnica se entrelaça com a resiliência mental. De alvo de críticas a artilheiro inconteste, o camisa 11 do Santos demonstrou que a confiança e a persistência podem ser tão decisivas quanto a habilidade pura.

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