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Gabigol no Santos: Mattos abre o jogo sobre o que impede retorno do atacante
Por Redação FutSantos em 21/12/2025 19:43
A possibilidade de um retorno do atacante Gabigol ao Santos tem sido um tema recorrente nos bastidores do futebol brasileiro, e o executivo de futebol do clube praiano, Alexandre Mattos, trouxe novos elementos a essa discussão. Em uma recente declaração, Mattos elucidou os obstáculos que, no momento, impedem a concretização dessa movimentação, apesar de não descartar um futuro reencontro entre o jogador e o Alvinegro.
O dirigente foi categórico ao afirmar que as condições financeiras atuais do Santos não comportam a incorporação de um atleta do calibre de Gabigol. Suas palavras, proferidas em entrevista e divulgadas em parte no último domingo (21), pintam um cenário de prudência orçamentária que limita grandes investimentos.
A Realidade Financeira e a Relação Pessoal
Mattos, que desempenhou um papel fundamental na transferência de Gabigol para o Cruzeiro, expressou abertamente seu apreço pelo jogador, destacando a conexão pessoal e profissional que os une. Contudo, a afeição não se sobrepõe à realidade econômica do clube.
Neste momento, o Santos não teria condição de incorporar o Gabriel nas condições financeiras. Mas fazer uma composição, se caso a gente entender que é necessidade da posição, o Gabriel é cria do Santos. Eu, particularmente, tenho uma relação maravilhosa com ele, tanto no pessoal, quanto no profissional. Adoro o Gabriel.
Essa declaração sublinha a complexidade da situação: o desejo de contar com um "cria" da casa esbarra na frieza dos números. A porta, embora entreaberta para uma "composição" futura, reflete a necessidade de um alinhamento entre as aspirações esportivas e a capacidade financeira do Santos .
O Passado com Tite e as Declarações do Presidente
Além das questões financeiras, Mattos também abordou um ponto de interesse que circunda a carreira de Gabigol: sua relação com o técnico Tite. O dirigente relembrou a brincadeira inicial do atacante ao ser apresentado no Cruzeiro, sugerindo que não teria assinado contrato se o treinador fosse Adenor ? uma clara referência ao período desafiador que viveu no Flamengo sob o comando de Tite, entre 2023 e 2024, quando frequentemente figurava no banco de reservas.
Apesar do histórico, o próprio Gabigol amenizou a percepção de conflito após o acerto de Tite com o Cruzeiro. Mattos, por sua vez, ofereceu uma perspectiva direta sobre o tema:
Se eu sou treinador, eu quero grandes jogadores e o Gabriel é um grande jogador. Se tem alguma coisa (da relação entre Gabriel e o técnico Tite), ele nunca me falou, nem o filho do Tite, que é preparador, que não tem como ter relação. Então acho que eles têm que se resolver.
Corroborando a visão de Mattos sobre a inviabilidade atual, o presidente do Santos , Marcelo Teixeira, já havia se manifestado publicamente, descartando a contratação de Gabigol neste momento. Teixeira trouxe à tona um contexto histórico, revelando que, em um projeto anterior de reestruturação do clube, a vinda de Gabigol era uma prioridade que antecedia até mesmo a de Neymar.
Prioridades Invertidas e o Custo Elevado
Marcelo Teixeira detalhou a tentativa passada, qualificando-a como "ousada", e como Gabigol optou pelo projeto do Cruzeiro em razão da disputa de mais competições. Em uma entrevista na última sexta-feira (19), o presidente foi enfático ao contrastar aquele cenário com o atual.
A prioridade era a vinda dele (Gabigol) antes do Neymar. Era importante nesse projeto de reestruturação contar com o Gabriel. Naquele momento, com a negociação que o Santos abria, foi uma proposta ousada. Tanto que balançou, e ele optou pelo Cruzeiro pelo projeto de disputar mais competições que o Santos estava disputando.
Ele concluiu sua análise, enfatizando que, embora Gabigol seja um jogador identificado com o Santos , a realidade financeira mudou drasticamente. As pretensões salariais e de investimento continuam em patamares elevados, que o Santos , atualmente, não tem como suprir. A avaliação técnica, embora positiva, cede lugar à estrita capacidade econômica do clube.
Hoje é uma outra realidade. Não entro na avaliação técnica. Ele é um jogador identificado com o Santos. Mas a prioridade do investimento naquela oportunidade não é a mesma de hoje. Então, quando você abre uma conversa e nota que a pretensão continua em um nível maior, o Santos não tem condições.
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