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Diniz Desvenda Santos: Coutinho Lidera Massacrante Vitória Tática no 6 a 0
Por Redação FutSantos em 18/08/2025 16:33
A ignominiosa goleada de 6 a 0 sofrida pelo Santos no Morumbis não foi mero acaso; representou a execução cirúrgica de um plano tático elaborado por Fernando Diniz, técnico do Vasco. A análise do renomado colunista Paulo Vinícius Coelho, no segmento Prancheta do PVC, do programa De Primeira, desvenda como a liberdade concedida a Philippe Coutinho foi o cerne da avassaladora performance vascaína.
A engenharia tática de Diniz permitiu ao Vasco operar em uma variação de esquemas: ofensivamente, a equipe se alinhava em um 4-2-3-1, enquanto na fase defensiva, transformava-se em um 4-4-2. Essa fluidez posicional foi crucial para o sucesso da estratégia, especialmente ao minimizar as responsabilidades defensivas de seu camisa 11, Philippe Coutinho. O resultado foi imediato e contundente, com o meia contribuindo com dois dos seis gols marcados.
A Maestria Tática de Diniz e a Liberação de Coutinho
A construção do jogo vascaíno revelou nuances interessantes. A saída de João Vítor para o CSKA levou Diniz a designar Hugo Moura como zagueiro, uma escolha que priorizava a qualidade do passe na saída de bola, em detrimento de uma opção mais tradicional como Lucas Oliveira, que estava no banco. Esta decisão se mostrou acertada contra o Santos , evidenciando a busca por fluidez e inteligência na transição.
No setor ofensivo, a dinâmica era complexa e eficaz. O lateral Pitón estendia a largura do campo pela esquerda, enquanto David atacava a profundidade em diagonal. Pelo flanco direito, Paulo Henrique subia, com a possibilidade de Jair se posicionar entre os zagueiros para formar uma saída de três. Essa interligação permitia que, se Paulo Henrique avançasse, Ryan pudesse se infiltrar por dentro ou por fora, criando múltiplas opções de ataque e sobrecarregando a marcação adversária. O 4-2-3-1 não era apenas uma formação, mas um sistema vivo de movimentação e trocas.
O Papel Essencial de Philippe Coutinho na Dinâmica Vascaína
A chave para o desempenho exuberante de Philippe Coutinho residia em sua total liberdade. Quando o Vasco recuava para se defender no 4-4-2, a estrutura permitia que Nuno Moreira, atuando como um centroavante de movimentação (em contraste com o estilo fixo de Vegetti), fosse o único a pressionar a saída de bola. Com as duas linhas de quatro formadas, Coutinho permanecia desimpedido à frente. Sua condição física não o permite mais ter a mesma intensidade na recomposição defensiva, e Diniz inteligentemente o poupou dessa função, delegando-lhe apenas a tarefa de encostar no primeiro volante adversário para marcar a saída de bola, sem as obrigações dos pontas e volantes.
Essa configuração tática foi o diferencial que permitiu ao camisa 11 vascaíno brilhar intensamente. A estratégia de Diniz não só potencializou as qualidades ofensivas de Coutinho, mas também camuflou suas limitações físicas, transformando-o no motor criativo do time. O resultado, um 6 a 0, é a prova cabal da eficácia desse plano de jogo.
É assim que o Vasco jogou e funcionou contra o Santos.
Ausência de Vegetti e a Força do Coletivo
Vale ressaltar que a performance avassaladora do Vasco ocorreu sem a presença de seu artilheiro no Campeonato Brasileiro, Pablo Vegetti, que estava suspenso devido ao terceiro cartão amarelo. Vegetti, vice-artilheiro da competição com 10 gols, é uma peça fundamental no ataque cruzmaltino. No entanto, a forma como o coletivo vascaíno se organizou e a capacidade de Diniz de adaptar o time, utilizando Nuno Moreira em uma função diferente, demonstram a profundidade e a versatilidade do elenco sob sua batuta. A ausência de uma referência ofensiva não impediu o time de ser letal, reforçando a ideia de que o sistema implementado era a verdadeira estrela da noite.
A partida contra o Santos serviu como um estudo de caso sobre a importância da inteligência tática no futebol moderno. A capacidade de Diniz de ler o jogo, adaptar seus jogadores a funções específicas e, acima de tudo, libertar um talento como Coutinho, foi o que transformou uma partida comum em uma demonstração de poder e eficiência, culminando em uma derrota humilhante para o Alvinegro Praiano.
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