Casagrande Explica Dominio do Santos e Falha do Corinthians no Clássico

Em uma análise contundente sobre o embate na Vila Belmiro, Walter Casagrande decifrou os elementos que culminaram na vitória do Santos por 3 a 1 sobre o Corinthians, em confronto válido pelo Brasileirão. Para o renomado comentarista, a diferença de postura entre os rivais foi o fator preponderante, com o Peixe demonstrando uma intensidade de "final de Copa do Mundo" contra a visível desconexão do Timão.

Casagrande enfatizou que o Santos abordou o clássico com uma seriedade absoluta, motivado pela necessidade de pontos e pela proximidade com adversários diretos na tabela. A equipe alvinegra praiana exibiu um espírito combativo notável, transformando o jogo em uma verdadeira decisão. "O Santos encarou o jogo contra o Corinthians como se fosse uma final de Copa do Mundo -- espírito de luta, vontade, raça, ganhou todas divididas. Os jogadores do Santos tiveram o total entendimento do que é Corinthians x Santos ," declarou o ex-jogador.

A Postura Implacável do Santos na Vila

A intensidade santista contrastou drasticamente com a aparente indiferença do Corinthians. Segundo Casagrande, o time visitante pareceu entrar em campo como se fosse mais um compromisso qualquer, ignorando a importância histórica e a rivalidade inerente ao clássico. Essa falta de engajamento foi um ponto central de sua crítica.

A preparação mental da equipe corintiana foi questionada pelo analista, que não compreendeu como um time pode se apresentar de forma tão dispersa em um palco tão significativo. "O time do Corinthians entrou disperso: como que você entra disperso na Vila Belmiro contra o Santos ? O trabalho mental, psicológico foi muito mal feito pela comissão técnica, porque você não pode ir na Vila Belmiro enfrentar o Santos , pela história que tem esse clássico, pela rivalidade que tem, e estar disperso," pontuou Casagrande, sublinhando a falha na compreensão da relevância do confronto.

Corinthians Desconectado: O Caso Memphis

Um episódio em particular ilustrou a percepção de um Corinthians alheio à partida: a imagem de um jogador no banco de reservas, Memphis, sorrindo enquanto sua equipe era superada em campo. Esse momento, para Casagrande, simbolizou a desconexão e a falta de seriedade que permeou a atuação corintiana.

"O Corinthians perdendo e o Memphis dando risada -- dando risada do quê, Memphis? O que que tava engraçado pra você no banco da Vila Belbiro? Tava gozado o quê? Você tava vendo outra coisa? Você tava assistindo Os Trapalhões e tava dando risada? O Corinthians perdendo em campo, companheiros do cara, correndo, tomando uma amassada, e ele dando risada do quê?" questionou o comentarista, reforçando sua crítica à falta de comprometimento e foco do elenco corintiano naquele clássico.